A esposa de Eduardo Paiva Batista, de 39 anos, morto após ser esfaqueado por uma vizinha na frente dela e da filha de apenas três meses afirma que o marido sabia que ia morrer após ser golpeado. De acordo com Samantha de Carvalho , enquanto ela pedia por socorro no telefone, Eduardo, agonizando, disse: "Eu vou morrer".
De acordo com o boletim de ocorrência, a suspeita de matar Eduardo Paiva Batista é a nova vizinha do casal, uma mulher de de 24 anos. O homem foi atingido por diversos golpes de faca na região do pescoço e não resistiu aos ferimentos. A Polícia Civil da capital paulista investiga o caso.
Segundo a esposa de Eduardo, após ele levar as facadas, que atingiram o marido no pescoço e no peito, ele entrou no apartamento do casal sangrando muito.
"Fechei a porta porque pensei que quem dá uma facada, dá duas ou três. Minha filha acordou e começou a chorar assustada, meio que tremendo".
Enquanto chamava a PM, para tentar amenizar a situação, a mulher tampava o ferimento do marido com um lençol com abebê no colo.
"Ele caiu de bruços perto da copa que tinha no apartamento e ali ficou [...] Eu no telefone pedindo socorro e ele, agonizando, falou: 'Eu vou morrer'", relembra.
A mulher suspeita de matar Eduardo e o irmão dela fugiram logo na sequência. Eduardo foi levado para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos.
Entenda o caso
De acordo com Samantha de Carvalho Firmino, esposa da vítima, a vizinha havia se mudado para o prédio um dia antes do crime.
No dia do assassinato, Samantha relembra que, por volta das 1h30, uma mulher começou a gritar por ajuda para entrar no prédio que, segundo ela, não tem serviço de portaria. Logo depois, o casal resolveu responder a mulher, que se identificou como uma nova moradora do edifício, e abriu o portão para ela. "Ele [Eduardo] desceu, abriu o portão, ela agradeceu e subiu para o apartamento."
Horas mais tarde, por volta das 5 horas da madrugada, um homem e uma outra mulher bateram na porta do apartamento do casal. Segundo a esposa de Eduardo, dupla reclamava que o casal teria "tirado" - termo ulizado para dizer que a pessoa foi desrespeitada - com a irmã deles, a nova moradora do prédio.
"Ninguém 'tirou' ninguém, a gente ajudou ela. Ela pediu para abrir o portão porque estava com medo de ser assaltada na rua e estava sem chave", relembra Samantha. No entanto, mesmo após tentar explicar que eles haviam apenas tentado ajudar a mulher, a dupla seguia com o mesmo pensamento.
"Aí eu me exaltei e falei: 'Gente, vocês deveriam agradecer. A gente ajudou a irmã de vocês.' Nisso, em questão de três minutos de conversa, a menina já tirou uma faca e acertou ele [Eduardo] com uma facada fatal".
A Polícia Militar informou que, após ser acionada, eles fizeram diligências pelo local, mas não encontraram os suspeitos do crime.
A suspeita foi reconhecida pela esposa da vítima, a polícia realiza buscas para encontrar ela e o comparsa, ainda não identificado. O caso, que foi registrado como homicídio, é investigado pelo 1º Distrito Policial de São Paulo.
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