Câmara aprova em 2º turno auxílio a filhos de vítimas de feminicídio

Objetivo é amparar crianças e adolescentes que ficaram órfãos

Os vereadores de São Paulo aprovaram nesta quarta-feira (26/10), em segunda e definitiva discussão, o projeto de lei que cria o Auxílio Ampara, benefício a ser pago a crianças e adolescentes órfãos em decorrência de feminicídio.

O texto foi aprovado com 47 votos favoráveis e nenhum contrário, ou seja, o resultado uniu vereadores da base e da oposição.

"É uma aprovação unânime que demonstra o olhar atento e humano dos vereadores a uma questão social grave, que, agora, ganha uma solução", afirma o vereador Milton Leite (União), presidente da Câmara Municipal de São Paulo.

O PL segue agora para a sanção do prefeito Ricardo Nunes (MDB).

O projeto define que o auxílio será pago a criança ou adolescente que venha a perder sua tutora ou responsável legal por falecimento em casos de feminicídio. Desde 2015 o Código Penal tipifica como feminicídio os casos de assassinato de mulheres por razões de gênero, quando o crime envolve violência doméstica e familiar e menosprezo ou discriminação à condição da mulher.

Entre os requisitos para o recebimento estão residência e domicílio na cidade de São Paulo, inscrição no CADÚnico, matrícula em instituição de ensino na capital, guarda oficializada e responsabilidade legal por família acolhedora ou tutela provisória, além de renda máxima familiar de até três salários mínimos.

O Auxílio Ampara deverá ser pago até que o beneficiário complete 18 anos de idade, podendo ser estendido até os 24 anos mediante parecer social favorável, desde que esteja matriculado em curso de graduação.