Prefeitura entrega nova unidade de atendimento a dependentes químicos

O Siat III Penha prestará atendimento às pessoas em situação de vulnerabilidade social e que fazem uso abusivo de álcool e outras drogas

A Prefeitura de São Paulo, por meio das secretarias municipais da Saúde (SMS), de Assistência e Desenvolvimento Social (Smads) e de Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Smdet) entregou, nesta terça-feira (13), o Serviço Integrado de Acolhida Terapêutica ( Siat ) III Penha. A unidade funcionará 24h durante os sete dias da semana e tem como objetivo promover atenção à saúde, reinserção social e capacitação laboral de cidadãos que fazem uso abusivo de álcool e outras drogas e estão em situação de vulnerabilidade ou risco social.

O intuito do serviço é garantir autonomia e os direitos à saúde, proteção, vida e singularidade das pessoas atendidas. O Siat III Penha terá a capacidade para acolher 50 pacientes, que podem ter acompanhamento e permanecer no serviço durante até dois anos, prorrogados ou reduzidos de acordo com o projeto terapêutico singular (PTS) de cada caso.

“São Paulo é uma cidade solidária, que tem capacidade de cuidar da pessoa que, por algum motivo, passou a fazer uso de drogas. Com nossos Siats estamos conseguindo recuperá-las, para que possam retornar ao mercado de trabalho e empreender”, declarou o prefeito Ricardo Nunes.

O prefeito também destacou que, ao mesmo tempo que a Prefeitura está ampliando o número desses equipamentos - com esta unidade a capital passa a contar com oito SIATS - a procura por tratamento tem aumentado.

“Temos a certeza de que estamos no caminho certo, porque a Cracolândia está cada vez menor. Hoje, a concentração de pessoas por lá varia na faixa de 300 indivíduos. Há pouco tempo eram 4 mil”, enfatizou o secretário executivo de Projetos Estratégicos, Alexis Vargas.

Trabalho

De acordo com a secretária municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Aline Cardoso, com a iniciativa mais pessoas estão retornando ao mercado de trabalho.

“Contabilizamos 150 pessoas que estão empregadas, depois que passaram pela Operação Trabalho, que integra o Siat 3”, revela. Aline ainda declarou que atualmente, ao mesmo tempo que há 600 pessoas participando da Operação Trabalho, está tramitando um processo com a entidade parceira da Prefeitura, a Fundação Porta Aberta, que tem como objetivo aumentar o número de vagas do POT Redenção de 600 para 1 mil vagas na cidade.

Tratamento

O usuário que ingressa no Siat não precisa, obrigatoriamente, permanecer no serviço, se não for de sua vontade. Aqueles que estão realizam o tratamento das suas demandas em saúde nas unidades de referência como UBSs e Caps ADs, enquanto o Siat integra ações de reinserção no mercado de trabalho e demais incentivos que promovam o cuidado em prol da autonomia. Todos têm livre circulação no equipamento, podendo inclusive trabalhar e realizar outras atividades rotineiras e voltar para o pernoite.

“Nos Siats, o paciente é integrado à uma linha de cuidado, atendido num hospital e retirado da crise de abstinência. Fica nos serviços de saúde por 120 dias e, a partir daí, quando começa o período de recuperação, tem a opção de frequentar este equipamento, no qual poderá permanecer por até dois anos para ser reinserido na sociedade com uma profissão e recuperado psicologicamente”, declaro Luiz Carlos Zamarco, secretário municipal da Saúde.

A beneficiária Adriana Alves da Costa, atendida pelo Siat III Ermelino Matarazzo, explicou como sua vida mudou após o tratamento. “Retomei o contato com a minha família, o que foi muito importante para mim. Também arrumei emprego e fiz novos amigos. Tive acesso aos medicamentos certos e apoio dos funcionários”, disse.

Estrutura

O equipamento terá salas de música, de inclusão digital, de redução de danos, de leitura, duas de televisão, entre outros espaços. A unidade contará com 23 profissionais, sendo seis redutores de danos durante o dia, dez no período da noite, dois auxiliares administrativos, entre outros. Localizado na rua Coronel Rodovalho, 275, o Siat III Penha teve o investimento total de R$ 1 milhão e custará em média R$ 286 mil por mês.


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