Moacyr Duarte, da Coppe/UFRJ, explica que a análise das áreas já identificaria medidas preventivas. Agentes precisam ser treinados
“Não tem plano. O coronel chefe da Defesa Civil de Teresópolis tem um mapeamento da área de risco defasado e antigo. Se tivesse um planejamento atualizado era possível ter uma resposta melhor. O plano de emergência não é combinado na hora... Já se deve tê-lo e acioná-lo quando ocorre o problema. E os atores já sabem o que fazer: isso, isso e isso, com base em treinamento prévio”, afirmou Moacyr Duarte, ao iG .
“Estamos longe da coordenação de ação de resposta efetiva. Dependemos mais da bravura das pessoas de frente”, disse Moacyr, que passou dois dias na Região Serrana após as chuvas.
De acordo com o pesquisador da Coppe/UFRJ, o próprio mapeamento de risco, se fosse feito, identificaria problemas e riscos e ações de prevenção necessárias – como remoção de pessoas e de construções, melhoras de canalização, limpeza de canais e coleta de lixo.
Também a partir do mapeamento, é possível formar procedimento de reação, dimensionar e treinar recursos humanos. Segundo Moacyr, a ONU (Organização das Nações Unidas) estima que a cada dólar investido em prevenção, poupam-se US$ 20 em resposta.
Depois de recorrentes episódios com mortos, semelhantes, Moacyr Duarte diz esperar que “este evento seja o marco para a Defesa Civil, como [a tomada do] Alemão foi para a Segurança Pública”.