Presidente da entidade, Léo Lima afirma que traficantes não oprimiam moradores e que se Estado não entrar com serviços, ocupação não fará diferença
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O iG perguntou a Léo se a ocupação da polícia foi boa para a comunidade. “Não dá para dizer se é bom, porque não teve ocupação, UPP. Ninguém sabe, é difícil fazer a avaliação, em um momento desses. Não veio UPP, o que tem é uma incursão do Bope... Se a UPP vier e os serviços do Estado não, não vai fazer diferença”, afirmou.
Para ele, “não tem como avaliar” a ocupação policial. “É uma coisa nova e ninguém sabe o que vai acontecer”.
A reportagem perguntou diretamente ao presidente da associação se, em sua opinião, a expulsão dos traficantes tinha sido uma coisa positiva para a Rocinha. “Ninguém sabe se é ruim ou bom. A Rocinha funciona 24h, sempre funcionou, ninguém se preocupa se tem traficante.”
Na favela, ainda existe um clima de tensão e medo de que os traficantes retornem e retaliem quem apoiou a polícia.
Questionado pelo iG se havia opressão do tráfico aos moradores da favela, Léo disse que não e minimizou.
“A Rocinha funciona 24h, sempre funcionou. Sempre tivemos o direito de ir e vir. Nunca ninguém deixou de sair de casa por causa de ninguém”, afirmou.
Em seguida, virou-se para uma moradora que estava ao seu lado e lhe perguntou: “Você já deixou de sair de casa por causa do tráfico?” Ela respondeu que não.