Quatro quadrilhas disputam o poder em comunidades carentes
Nos anos 80, o CV passou a ocupar morros na cidade, como o Juramento, em Vicente de Carvalho, na zona norte, reduto de José Carlos dos Reis Encina, o Escadinha, e atuar no tráfico de drogas. A base de atuação do grupo era o Complexo do Alemão.
Com a ocupação da área pela Força de Pacificação do Exército, as principais favelas do CV passaram a ser o Jacarezinho e Manguinhos, na mesma região. Seus maiores líderes são Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar
e Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP
, ambos presos.
Rival do CV, a facção criminosa Amigos dos Amigos (ADA)
surgiu em meados dos anos 90 dentro do complexo penitenciário de Bangu, na zona oeste. Foi fundada pelo traficante Ernaldo Pinto de Medeiros, o Uê, que foi expulso do CV. O principal reduto da ADA hoje é a favela da Rocinha, em São Conrado, na zona sul.
Formada, em sua maioria, por policiais militares e civis, ex-policiais, agentes penitenciários, bombeiros e até políticos, as milícias também controlam favelas no Rio. Esses grupos expulsaram os traficantes das localidades e cobram taxas de segurança de moradores e comerciantes, e exploram serviços como distribuição de gás e TV a cabo clandestina (gatonet). As principais áreas de atuação da milícia são o bairro de Campo Grande e a favela Rio das Pedras, em Jacarepaguá, ambas na zona oeste.
Nos últimos três meses, as facções criminosas entraram em confronto pelo controle de várias favelas no Rio. Veja abaixo o mapa dos conflitos: