Em resposta à violência de gênero, mulheres ocupam ruas do Rio

O ato, organizado pelo Movimento Nacional Levante Mulheres Vivas, é realizado em várias cidades do Brasil neste domingo (7)

Ato no Rio se concentra no Posto 5, em Copacabana
Foto: Cadu Barbosa/Portal iG
Ato no Rio se concentra no Posto 5, em Copacabana

O Movimento Nacional Levante Mulheres Vivas realiza ato nacional em diversas cidade do Brasil neste domingo (7). As manifestações chamam atenção para o aumento de casos de violência contra mulher, com diversos casos de feminicídio ocorridos na ultima semana, no país.

No Rio de Janeiro, a mobilização se concentra no Posto 5, em Copacabana, na Zona Sul . O ato começou por volta das 14h e conta com a presença de artistas e outras atividades.

Ato no Rio de Janeiro
Foto: Cadu Barbosa/Portal iG
Ato no Rio de Janeiro


Ao Portal iG, a representante do Levante Feminista contra o feminicídio, lesbicídio e transfeminicídio, Marta Moura, falou sobre o ato. 

"A gente se somou ao Levante Mulheres Vivas. Foi um chamado que aconteceu espontaneamente, com muita urgência essa semana, justamente, por causa dos fatos recentes [feminicídio] do mês de dezembro", ressaltou.

À reportagem, Marta salienta os dados alarmantes sobre a violência de gênero.

"Esse ano, os número estão muito mais altos. Antes de novembro, a gente já tinha mil casos no Brasil todo. O Brasil ocupa o quinto lugar no mundo no ranking de feminicídio. A cada seis horas, morre uma mulher".

Foto: Cadu Barbosa/Portal iG
O ato está previsto para às 14h


Luta por políticas públicas

Ao Portal iG, Marta salienta a importância do ato, que ganhou grande repercussão nos últimos dias. " A gente conseguiu vir para a rua com os nossos corpos. É uma luta que a gente precisa se colocar mesmo, ocupar a rua, não só as redes".

Além disso, a representante do Levante Feminista chama atenção para a necessidade de políticas preventivas.

"A gente precisa criar políticas que nos resguardem e que sejam efetivas. O racismo já é lei, a homofobia já é lei e a gente está batalhando para que a misoginia seja criminalizada, mas que as leis realmente funcione", finaliza.

Foto: Cadu Barbosa/Portal iG
Participantes ocupam o Posto 5


Pela vida das mulheres

Presente na manifestação, a historiadora Angélica Ricci expõe que há uma necessidade de cessar a naturalização da violência de gênero.

"Muitas mulheres foram silenciadas, foram caladas, ainda estão e, agora, a gente tem mais informação. A gente tem que juntar nossas forças e lutar, educar as crianças assim (...) atos de conscientização são importantes. A gente tem que lutar pela nossa vida e, assim, parar de neutralizar essa violência de gênero'', disse à reportagem do iG Último Segundo .

Outros atos pelo Brasil neste domingo (7):

Brasília: 10h – Feira da Torre de TV
São Paulo: 14h – Vão do Masp
Rio de Janeiro: 12h – Posto 5, Copacabana
Curitiba: 10h – Praça João Cândido (Largo da Ordem)
Cuiabá: 14h – Praça Santos Dumond
Campo Grande: 13h – Aquário do Pantanal
Manaus: 17h – Largo São Sebastião
Parnaíba (PI): 16h – Parnaíba Shopping
Belo Horizonte: 11h – Praça Raul Soares
Porto Alegre: 17h – Praça da Matriz
São José dos Campos (SP): 15h – Largo São Benedito
São Luís: 9h – Praça da Igreja do Carmo (Feirinha)
Teresina: 17h – Praça Pedro II
Roraima: 16h30 – Assembleia Legislativa