
O Portal iG apurou que a Polícia Federal sustenta a ligação entre Rodrigo Bacellar (União Brasil), TH Joias (MDB) e assessores por meio de trocas de mensagens, imagens e registros de deslocamento obtidos a partir de celulares apreendidos e sistemas de monitoramento.
Troca de celular e contato direto com Bacellar
De acordo com a investigação, na véspera da operação Operação Zargun, em 2 de setembro de 2025, TH Joias trocou de aparelho celular e passou a utilizar um novo número. Segundo a PF, Rodrigo Bacellar aparece como o primeiro contato na lista de comunicações urgentes do então deputado, o que, para os investigadores, evidenciaria a prioridade na comunicação entre eles.
Ainda de acordo com a investigação, TH Joias inicia contato com Bacellar, chamando-o de “01”, e informa que está usando um novo número. Bacellar responde com uma figurinha, o que, para a PF, sugere que ele já tinha conhecimento prévio da troca de aparelho.

Envio de imagens da operação em tempo real
No próprio dia da ação policial, às 6h03, TH Joias teria enviado a Bacellar uma foto do sistema de segurança do imóvel, já com agentes da Polícia Federal no interior do local, além de compartilhar o telefone de sua advogada. Para a PF, o ato reforça a suspeita de vazamento de informações sigilosas e tentativa de obstrução da operação.
Orientação para fuga e ocultação
A PF também aponta que, horas antes do cumprimento do mandado de prisão, TH Joias se deslocou para um apartamento na Barra Olímpica, na zona oeste do Rio, após receber, por mensagem, o número do bloco e do apartamento onde se esconderia. Ele foi localizado exatamente nesse endereço no dia da operação.
Materialidade confirmada por perícia
Segundo a investigação, a materialidade dos crimes foi confirmada por meio da análise de câmeras de segurança, registros de entrada em condomínio e do conteúdo do celular apreendido com TH Joias, que, para a PF, demonstrariam a atuação de Bacellar no vazamento de informações e na frustração da operação policial.
O Portal iG tenta contato com a defesa deputado Rodrigo Bacellar, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem