
Presente no jantar de abertura do da 56ª Convenção da Confederação Israelita do Brasil (CONIB), neste sábado (8), em São Paulo, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL) “debochou” do ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Guilherme Boulos (PSOL).
Ao ser questionado sobre as declarações do ministro, de que os governadores de direita fazem “demagogia com sangue”, se referindo aos mandatários que participaram da reunião do “Consórcio da Paz” após a Operação Contenção, que vitimou mais de 120 pessoas no Rio de Janeiro, Castro rebateu ironicamente:
“ Quem ?”. A pergunta foi feita novamente e Castro continuou:
“Quem? Esse aí é um paspalhão. Próxima!”.
A fala ocorreu antes da abertura oficial do evento, em entrevista com a imprensa. Na ocasião, Castro também respondeu sobre se pretende disputar o Senado pelo Rio nas eleições de 2026:
“Nós ainda estamos avaliando o real impacto (da Operação Contenção) na minha popularidade, para depois decidirmos o que fazer. Pensar em que caminho seguir, fazer sucessor”.
O governador carioca, disse ainda, que a operação no Complexo do Alemão e no Complexo da Penha não foi apenas uma operação pontual, e sim o “início de um movimento”:
“O que aconteceu no Rio não foi uma operação, foi o início de um movimento, onde os cidadãos desses estados e do Brasil todo não aguentam mais essa criminalidade. Não aguenta mais ter a sua residência roubada, o seu carro, seu celular”
Pós-operação
Com popularidade em alta, Castro foi recebido com entusiasmo por outros governadores presentes no jantar, Ronaldo Caiado (União Brasil), Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Eduardo Leite (PSD). Ao subir ao palco da cerimônia para discursar, o governador do Rio foi aplaudido e fez acenos à comunidade judaico-brasileira:
“Assinei a carta contra o antissemitismo e assinarei qualquer outra que vier”
Referindo-se ao documento de adesão à definição de antissemitismo da Aliança Internacional para a Recordação do Holocausto (IHRA).