A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (20) a operação Sétimo Mandamento, que apura casos de corrupção e lavagem de dinheiro em programas sociais do governo do Rio de Janeiro. Entre os alvos está Vinícius Sarciá Rocha, irmão de Cláudio Castro, governador do Rio. Castro não está entre os investigados.
Segundo a PF, os investigados fraudaram contratos e licitações, além de receberem vantagens indevidas em programas sociais, como o Agente Social, Novo Olhar, Qualimóvel e Rio Cidadão. Os crimes teriam acontecido entre 2017 e 2020.
"O grupo obteve vantagens econômicas e políticas indevidas, pois procurou direcionar a execução dos projetos sociais para seus redutos eleitorais, aproveitando-se também da população mais necessitada", disse a PF.
"Foram identificados pagamentos de vantagens ilícitas variáveis entre 5% e 25% dos valores dos contratos na área de assistência social, que totalizam mais de R$ 70 milhões", concluiu.
Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão e 13 quebras de sigilo bancário e fiscal. Todos foram autorizados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Além de Vinícius Rocha, presidente do Conselho de Administração da Agência Estadual de Fomento (Agerio), o gestor de Governança Socioambiental da Cedae, Allan Nogueira, e a subsecretária de Integração Socioambiental do governo do Rio, Astrid Nunes, também foram alvos da PF. Não foram cumpridos mandados de prisão na operação.
O iG tenta localizar as defesas dos citados nesta reportagem. O governo do Rio e a Cedae ainda não de pronunciaram sobre a operação.