PM, que já havia sido detido, é preso suspeito de atirar na ex-mulher

Caso aconteceu em Magé, cidade da Baixada Fluminense, no último dia 14. Na primeira vez, acusado foi solto após pagar R$ 6 mil de fiança

Foto: Reprodução/Facebook 22.07.2023
Caso foi registrado na delegacia de Piabetá (66ª DP)

O subtenente reformado da PM Eduardo Reis foi preso, na última sexta-feira (21), por suspeita de agredir com tapas e socos, e disparar dois tiros na coxa da ex-mulher.

O caso aconteceu uma semana antes, no último dia 14, na cidade de Magé, na Baixada Fluminense, quando Eduardo chegou a ser detido e autuado em flagrante, mas pago fiança de R$ 6 mil e liberado, segundo informações da Polícia Civil.

A nova prisão, segundo o Globo, ocorreu após a 60ª DP (Campos Elíseos), em Duque de Caxias, onde foi realizado o primeiro atendimento, solicitar à Justiça um mandado, cumprido na sexta.

A vítima, Bruna Muanis, contou que foi agredida pelo preso quando ela foi até a casa dele buscar a filha do casal, de três anos, após a menor passar o dia com Eduardo. Segundo a mulher, o subtenente a agrediu após ela negar retomar o relacionamento.

Bruna contou ao G1 que existiu a possibilidade do casal reatar após ela ter se mudado recentemente para Fragoso, bairro em Magé onde mora o policial. Eles não teriam reatado porque ela desistiu ao saber que ele estava em um outro relacionamento.

Na delegacia, segundo a vítima, o policial disse que o disparo foi acidental, o que é refutado por Bruna que alega que o ex-companheiro puxou a arma e atirou com intenção. Ela afirmou ainda que o caso foi registrado como lesão corporal leve, e não como tentativa de feminicídio.

“Depois que ele saiu do carro, já começou a me socar, me jogou no chão e deu vários chutes no meu rosto. Quando eu já estava no chão, ele tirou a arma da cintura e atirou na minha coxa. Não tem acidente nisso! Ele atirou em mim na frente da minha filha”, disse Bruna ao portal.

No dia em que o caso aconteceu, Eduardo inicialmente foi levado para a 60ª DP (Campos Elíseos), onde a arma foi acautelada. O registro de ocorrência foi feito na 66ª DP (Magé), a mais próxima da residência do acusado. Agentes desta delegacia efetuaram a prisão do subtenente, uma semana depois, como dito anteriormente, acompanhados por policiais militares do 34° BPM (Magé), segundo a PM.

Dados do Anuário de Segurança Pública de 2023 apontam o Rio no topo do ranking nacional de tentativas de feminicídio nos anos de 2021 e 2022, quando houve, respectivamente, 264 e 293 casos registrados. Nos primeiros cinco meses deste ano, segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP) do Rio, 122 casos foram registrados no município.