Um vídeo que mostra estudantes de medicina da Universidade Iguaçu ( UNIG
), no Rio de Janeiro
, entoando a frase "eu sou playboy
, não tenho culpa se seu pai é motoboy
" se tornaram alvo de inúmeras críticas na internet após viralizarem nas redes sociais
. O caso ocorreu neste último final de semana e a fala foi o grito de 'guerra' dos alunos nos Jogos Universitários de Medicina (Intermed) RJ-ES, que reúne estudantes do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, em Vassouras. Veja o vídeo:
Estudantes de medicina da UNIG para oponentes nos jogos Intermed RJ-ES: "Ei, eu sou playboy, não tenho culpa se seu pai é motoboy" pic.twitter.com/Tx2MvHYUtG
— Julinho Bittencourt (@JotaBittencourt) October 11, 2022
Milhares de pessoas se revoltaram com a fala elitista dos alunos da universidade particular que acabou tornando explicita a desigualdade classial e a discriminação.
eh tao surreal as pessoas acharem de bom tom uma musica que diz “eu sou playboy nao tenho culpa se seu pai eh motoboy”. parece que vivem em outra dimensao, onde nao temos 33 milhoes com fome e 9% de desempregados. cidade podre com classe media podre. nao evolui nunca
— laura (@legalizaura) October 10, 2022
gente e esse vídeo dos alunos de medicina no intermed gritando “ eu sou playboy não tenho culpa se seu pai é motoboy”? grandes médicos que vão ser heim PQP
— mundinho deolula (@maluvelascoo) October 10, 2022
Uma boa parte do futuro da medicina brasileira está em boas mãos...
— Thulio Germello (@TGermello) October 10, 2022
" Fazer o quê, se eu sou Playboy?
Não tenho culpa se o seu pai é motoboy!"
Parabéns aos futuros Doutores envolvidos...
Em nota, a UNIG afirmou que "repudia veementemente qualquer tipo de discriminação, inclusive por classe social ou condição financeira" e que "adotará todas as providências possíveis para que episódios similares não se repitam".
"À luz dos acontecimentos ocorridos em Vassouras/RJ no dia 07/10, a UNIG esclarece que é contra e repudia veementemente qualquer tipo de discriminação, inclusive por classe social ou condição financeira, e que lamenta profundamente o episódio. A intolerância, em qualquer de suas modalidades, só se presta a dividir ainda mais nossa sociedade, que, mais do que nunca, precisa de respeito, integração e união. A UNIG esclarece, ainda, que não tem ingerência sobre frases ditas por seus alunos, principalmente em ambiente externo - não conseguindo, portanto, evitá-las -, mas que, diante dos fatos e das disposições de seu código de ética e conduta, adotará todas as providências possíveis para que episódios similares não se repitam, pois, contrários aos princípios pregados pela universidade."
Já o Diretório Acadêmico Dr. Renam Catharina Tinoco (DARCT) do curso de Medicina da UNIG (campus V) também se manifestou através de uma nota de esclarecimento dizendo não compactuar "com nenhum tipo de repressão ou desrespeito à raça, gênero ou classe social".
Entre no canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo. Siga também o perfil geral do Portal iG.