Polícia civil prende pai por estuprar a própria filha no Mato Grosso

Jovem denunciou ter sido abusada dos 13 aos 21 anos; ela também foi vítima de violência psicológica e ameaças

Viatura da Polícia Civil no MT
Foto: Divulgação Polícia Civil
Viatura da Polícia Civil no MT

A Polícia Civil prendeu um homem de 54 anos por abusar sexualmente da própria filha desde os 13 anos e ainda espancá-la em uma comunidade rural do município de Novo Mundo, no norte de Mato Grosso (MT). 

O caso começou ser investigado após a vítima conseguir escapar da casa do agressor e pedir ajuda na delegacia. A vítima que tem atualmente 21 anos denunciou que os casos de estupro resultaram em duas gestações e danos psicológicos.

"A equipe da delegacia se empenhou para solucionar este crime e, com a prisão do autor, dar uma resposta à vítima, que vivia em uma comunidade bem afastada, na zona rural de Novo Mundo. Além disso, a investigação dá uma resposta de que não há impunidade para esse tipo de delito e estimula outras vítimas a denunciarem abusos sexuais", disse ao O GLOBO, o delegado Lucas Lelis, responsável pela investigação.

De acordo com a policia, o criminoso disse que, 'se fosse preso, mataria a filha'.  O delegado informou que moradores da comunidade notavam que o pai da vítima tinha um ciúme excessivo da filha, mas nenhuma denúncia chegou aos órgãos assistenciais, de proteção ou da polícia. 

Informações da polícia

Segundo a vítima, os abusos começaram ainda na idade pré-adolescente com toques em partes íntimas. Caso a filha contasse para alguém, ele a ameaçava de agressão.

Entre os relatos, ela diz que pai esperava todos da casa dormirem e ia para o quarto da jovem. Quando a vítima fez 17 anos, o agressor a estuprou pela primeira vez. Em outras ocasiões, o agressor saía com a filha e arrastava uma mata onde cometia os abusos sexuais. A vítima também era obrigada pelo pai a dormir de saia ou vestido e caso não cumprisse a ordem, era violentada com uma corrente, tapas e puxões de cabelo. 

Os abusos físicos e sexuais se estenderam com abusos e violência psicológica. A vítima era proibida de conversar com os irmãos e teve seu celular quebrado pelo pai, após o agressor encontrar o número da polícia salvo no aparelho. 

A Polícia Civil aguarda a realização de exames periciais para serem anexados ao inquérito. A vítima recebe atendimento assistencial e psicológico. 

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