Eleições no Rio: Rodrigo Neves lança pré-candidatura pelo PDT
Evento de lançamento contou com a presença de Ciro Gomes (PDT) e do prefeito carioca, Eduardo Paes (PSD)
O ex-prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, lançou nesta terça-feira sua pré-candidatura ao governo do Rio pelo PDT. O evento, na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), contou com a presença do pré-candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), e do pré-candidato de seu partido, Felipe Santa Cruz. O PSD de Paes e Santa Cruz firmaram, em fevereiro, aliança com o PDT para a disputa do Palácio Guanabara. Ainda não há, no entanto, definição sobre quem será o cabeça da chapa.
No evento, Neves anunciou que deve chegar “a um bom termo” com Santa Cruz “nos próximos dias”. Mas detalhes sobre a chapa, segundo ele, serão definidos somente após o dia 2 de abril, data em que se encerra a janela de troca partidária.
“Nós vamos anunciar algumas alianças depois do prazo do dia 2 de abril, só que até lá vocês vão ficar curiosos. Inclusive tem alguns partidos da base atual do governo que estão deixando essa base. Estamos bastante otimistas. Mas, de fato, o centro de gravidade dessa aliança é com o grupo político do prefeito Eduardo Paes”, completou Neves.
O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, que também acompanhou o evento, afirmou que a intenção é integrar ainda um terceiro nome na chapa, com influência na Baixada Fluminense. Há conversas do PDT, até o momento, com o União Brasil, o PSD e o MDB. No cenário nacional, os diálogos se estendem ao presidente do União, Luciano Bivar, e ao cacique do PSD, Gilberto Kassab.
“Hoje mesmo conversei com o (prefeito de Duque de Caxias) Washington Reis (MDB), tenho uma excelente relação pessoal com ele, converso permanentemente com o Waguinho (União), que é o prefeito de Belford Roxo, uma relação antiga, uma base de apoio. Temos um diálogo muito bom. Não estou dizendo que é certo, mas temos esse diálogo”, disse Lupi, sobre as alianças estaduais.
Em seu discurso, Paes exaltou Rodrigo Neves e até puxou canção em homenagem ao ex-governador pedetista Leonel Brizola, mas fez questão de ressaltar o nome de Santa Cruz e sua atuação “em defesa aos direitos e à democracia”.
“O papel de casamento com Rodrigo já está assinado, mas ainda é preciso decidir quem dorme de que lado na cama”, disse o prefeito, antes de citar Neves e Santa Cruz como “duas ótimas alternativas”.
O ex-presidente da OAB, que ressaltou a “honra de acompanhar ao longo dos anos a trajetória” de Neves, disse que a aliança será definida segundo “o que for melhor pro Rio”. Questionado sobre o critério para escolha do cabeça de chapa, ele disse que a decisão será feita “politicamente”. Na coletiva de imprensa antes da cerimônia de lançamento da pré-candidatura, Lupi, no entanto, havia afirmado que o critério seria a “viabilidade”.
“Quem tem menor índice de rejeição, quem tem mais baixo conhecimento pode crescer, quem tem maior aceitação. Isso tem que ser colocado na mesa pra analisar a candidatura”, afirmou.
Neste momento, Neves é o terceiro colocado nas pesquisas de intenção de voto. O pedetista fica atrás somente do governador Cláudio Castro (PL) e do deputado federal Marcelo Freixo (PSB), e aparece à frente de Santa Cruz com margem considerável.
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