O cachorro virou um ícone muito forte

Mascote do iG foi uma forma criada por Nizan Guanaes de aproximar a internet do público e fortalecer a marca

Mariana Castro, iG São Paulo |

“É este!” Quando o vídeo com cachorros de raças, cores e tamanhos diferentes foi exibido na tela, ficou fácil escolher. O branquinho fofo, de nome esquisito, desbancou a concorrência. O ano era 2000 e a frase, de Nizan Guanaes. O grupo que começava a história de um portal na internet estava reunido no local onde funcionava a Agência Click, na sala de um prédio da Avenida Berrini, em São Paulo, para escolher o mascote do iG.

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Mascote do iG participa de campanha do lançamento do Último Segundo
Foi de Nizan a ideia de ter um cachorro como garoto-propaganda. Ele acreditava que seria importante para tornar a relação com a internet mais amigável. Naquela época, a avaliação era de que a web intimidava as pessoas. “O cachorro virou um ícone muito forte, até hoje lembrado pelas pessoas como sendo do iG”, diz o publicitário. “É um ícone que criou vínculos emocionais e aproximou as marcas das pessoas num ambiente tecnológico.”

Se a escolha da raça escocesa West Highland White Terrier, ou Westie, foi fácil, a do exemplar da espécie demorou mais. O cachorro original do iG era na verdade uma cadela, Micky, e foi importada de Los Angeles, onde nasceu. Ela estava mais para pop star do que para garota-propaganda, com cachê alto e vários mimos.

A imagem do mascote pegou e “o cachorrinho do iG” virou um fenômeno. Se antes um filhote da raça era vendido por cerca de R$ 1 mil, depois da campanha do iG passou a valer em média R$ 2,5 mil.

O cachorrinho protagonizou diversas campanhas, do lançamento à divulgação de produtos como iG Flores e iG Pizza. Também ajudou a divulgar que o portal havia passado a operar no azul, ou seja, que pagava sozinho as próprias contas.

Além de Micky (e alguns "dublês", já que a cachorrinha tinha agenda cheia e cada viagem ao Brasil saía caro) outros cachorros da raça fizeram parte da história do iG. Ainda em 2000, os fundadores do portal, Nizan e Matinas Suzuki Jr. resolveram participar de uma ação beneficente de um site, que promoveu um leilão de filhotes Westie. Cada um arrematou um filhote.

Um deles foi sorteado entre os funcionários do portal. Chama-se Babado, em homenagem ao primeiro site do iG. O outro, antes de também ser sorteado para uma pessoa da equipe, passou um tempo morando na redação. O cachorro ficava aos cuidados de jornalistas, designers e web masters. Havia, inclusive, uma tabela com horários para comida e passeio do cachorro, e o nome do responsável da vez ao lado. Por causa do jornal online Último Segundo, a redação funciona 24 horas, sete dias por semana. Foi muita agitação para um cachorro só.

Até hoje, como bem sabem os donos de Westie, é inevitável ouvir “olha o iG” ao passear com o cachorrinho pelas ruas. Na época em que Micky estava na ativa, Nizan brincava que ela seria o primeiro cachorro da história a ganhar "stock options".

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