Câmara aprova participação do Exército em obras abandonadas

Proposta também prevê dispensa de licitação em parcerias do Exército com órgãos públicos federais, estaduais e municipais

Área de engenharia do Exército em obra de rodovia
Foto: Reprodução/Exército
Área de engenharia do Exército em obra de rodovia

A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (26), proposta que autoriza o Exército a assumir obras paralisadas, abandonadas ou com atraso superior a um ano.

Além disso, o Projeto de Lei Complementar 453/17, de autoria do ex-deputado Gonzaga Patriota (PE), aprovado na forma de um substitutivo do relator, o deputado Lula da Fonte (PP), prevê dispensa de licitação em parcerias do Exército com órgãos públicos federais, estaduais e municipais para obras e serviços de engenharia.

"Permitir que a Força assuma a execução de obras públicas paralisadas, abandonadas ou em atraso constitui medida eficaz e oportuna, capaz de assegurar economicidade, celeridade e lisura na aplicação dos recursos públicos", defendeu Lula da Fonte.

Deputado Lula da Fonte (PP), relator da proposta
Foto: Reprodução/Câmara dos Deputados
Deputado Lula da Fonte (PP), relator da proposta


O texto do relator inclui também dispositivo para permitir a criação de um batalhão do Exército na região da bacia do rio São Francisco, destinado a cooperar com órgãos governamentais em serviços de dragagem e recuperação de rios.

Segundo o texto, as mudanças ocorrerão na Lei Complementar 97/99, sobre organização das Forças Armadas, em trecho que permite ao Exército cooperar com esses órgãos e, excepcionalmente, com empresas privadas, na execução de obras e serviços de engenharia, contanto que os recursos sejam do solicitante.

Ainda conforme a proposta, será possível atuar ainda em obras de empreendimentos estratégicos para o desenvolvimento nacional, estadual ou municipal, envolvendo infraestrutura rodoviária, ferroviária, metroviária e hidroviária, portos, aeroportos e geração e transmissão de energia.


Essas parcerias deverão contemplar atividades voltadas ao treinamento e à capacitação de jovens soldados incorporados para a formação de especialistas em obras e serviços de engenharia.

Após aprovação na Câmara, projeto de lei complementar agora vai ser analisado pelo Senado.