
Uma área de baixa pressão vai evoluir para um ciclone na costa de São Paulo nos próximos dias, de acordo com meteorologistas da MetSul. A formação do fenômeno já provocou grandes volumes de chuva nesta segunda-feira (24) no nordeste de Santa Catarina e no litoral de São Paulo, em que os acumulados ultrapassaram 200 mm em poucas horas.
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A região está sob alerta vermelho de grande perigo para tempestade, emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), com a possibilidade de ventos acima dos 100 km/h.
Efeitos da formação do ciclone

O sistema de baixa pressão gerou tempestades que causaram alagamentos no Sul. Segundo a MetSul, Santa Catarina foi um dos estados mais afetados.
Os maiores volumes em 24 horas até o fim da tarde de segunda, no território catarinense, foram de 180 mm em Luiz Alves; 161 mm em Balneário Barra do Sul; 150 mm em Araquari; 141 mm em São Francisco do Sul; 128 mm em Massaranduba; e 123 mm em Itapoá.
No litoral paulista, os números foram ainda mais altos: 221 mm em Peruíbe; 190 mm em Ubatuba; 168 mm em Bertioga; 139 mm no Guarujá; 125 mm em Praia Grande; 123 mm em Caraguatatuba; e 103 mm em São Sebastião.
Os acumulados extremos aconteceram por causa da chuva orográfica, que ocorre quando o relevo intensifica a precipitação, informa a MetSul. O ar úmido vindo do mar, empurrado pela baixa pressão, encontrou a barreira da Serra do Mar e foi forçado a subir, o que aumentou ainda mais a chuva.
Alagamentos
Em Joinville, Santa Catarina, diversos pontos ficaram alagados ainda no início desta terça (25), com bloqueios em pelo menos quatro bairros e veículos embaixo d'água.
A Baixada Santista também teve transtornos causados pelos alagamentos, como aulas suspensas e casas invadidas pela água e quedas de árvores. No Rio de Janeiro, pancadas fortes no fim da tarde acumularam até 60 mm em curto período em bairros da zona oeste da capital, como Bangu.
Ciclone
A tendência agora é que a baixa pressão avance para o mar nesta terça e comece a se "aprofundar", dando origem ao ciclone que não deve ser intenso. A MetSul explica que os ventos mais fortes devem ficar quase totalmente restritos ao mar aberto.
Mesmo assim, o sistema ainda provoca chuva nos litorais de São Paulo e Rio de Janeiro. A instabilidade mais intensa deve se concentrar do centro ao norte de Minas Gerais, onde os acumulados podem superar 100 mm em 24 horas.