
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos desde fevereiro, criticou a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), desta sexta-feira (14), que o tornou réu por crime de coação, acatando denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR). Assista ao vídeo.
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), desta sexta-feira (14), que o tornou réu por crime de coação, acatando denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR). pic.twitter.com/MYcqefrHaR
— iG (@iG) November 14, 2025
A PGR acusa o parlamentar por tentar interferir, nos Estados Unidos, no julgamento do processo que envolve o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos e 3 meses por tentativa de golpe de Estado, e também por atuar em defesa de sanções ao Brasil e a autoridades brasileiras.
Leia mais: STF forma maioria para tornar Eduardo Bolsonaro réu por coação
Em uma rede sociais, Eduardo Bolsonaro mencionou o voto favorável à ação penal do ministro Alexandre de Moraes, relator, e chamou de “caça às bruxas.
"Outros candidatos anti-establishment, como o próprio Jair Bolsonaro, e favoritos ao Senado sofrerão a mesma perseguição. É o sistema se reinventando para sobreviver. Tudo que sei é via imprensa, já que jamais fui citado. Por que Moraes não usa os canais oficiais com os EUA?”, escreveu o deputado em seu perfil no X (ex-Twitter).
Eduardo também afirmou, em vídeo, que se ele estiver “ cometendo algum crime nos Estados Unidos, Moraes está acusando os Estados Unidos de proteger um criminoso”.
Ele diz que não tem a capacidade de assinar a Lei Magnitsky, que é um meio legal do governo norte-americano, e não pode impor tarifas contra o Brasil, o que não configuraria coação.
E concluiu: “Moraes está usando a política dentro do tribunal para eliminar a possibilidade de que a direita tenha uma maioria no Senado ano que vem. Eu nunca trabalhei pela absolvição do meu pai, eu trabalho para a anistia ser votada, por um Congresso livre das ameaças de Alexandre de Moraes. Não vamos parar, não vamos retroceder”.
Além de Moraes, os ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin acompanharam o relator e formaram maioria na 1ª Turma para tornar Eduardo Bolsonaro réu.
O julgamento, realizado no plenário virtual, segue até 25 de novembro.