
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, afirmou nesta quarta-feira (5) que denunciou o homem que a assediou em público enquanto cumprimentava cidadãos no centro histórico da Cidade do México.
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O momento do assédio foi registrado em vídeo e amplamente divulgado nas redes sociais. Na ocasião, Sheinbaum cumprimentava simpatizantes a poucos metros do Palácio Nacional, quando um homem, aparentemente embriagado, chegou por trás dela, passou um braço por seu ombro, tocando seu quaril e seus seios com o outro. Ele ainda tentou beijá-la no pesçoco. Em seguida, um membro da equipe da presidente interferiu, mas o homem continuou tentando se aproximar de Sheinbaum.
Durante coletiva de imprensa, a líder do méxico afirmou que decidiu denunciar o caso como mulher, não como presidente.
“Minha reflexão é que, se eu não apresentar queixa, o que será das mulheres mexicanas? Se fazem isso com a presidenta, o que pode acontecer com todas as mulheres no nosso país?", questionou a política.
Em seu pronunciamento, Sheinbaum informou que o homem foi preso. A presidente ainda afirmou que pretende iniciar uma campanha contra crimes dessa natureza e que começará a revisar a legislação nos estados do país.
O percentual de mulheres no México que já sofreram assédio sexual, apalpamento, exibicionismo ou tentativa de estupro é de 15,5%, segundo uma pesquisa de 2024 do Instituto Nacional de Estatística e Geografia (Inegi). Para os homens, o índice é cinco vezes menor, 3,2%.
Mais de 70% das mexicanas maiores de 15 anos já viveram pelo menos um tipo de violência, seja psicológica (52%), física (35%) ou sexual (48%), ainda de acordo com o Inegi. Organizações e autoridades estimam que cerca de 90% de casos não sejam denunciados.
*Com informações da DW