Caso de racismo termina em confusão e 4 presos em UPA de Goiânia

Um grupo de pessoas se revoltou quando os socorristas priorizaram o atendimento de um paciente em estado grave

Caso de racismo termina com confusão em UPA
Foto: Reprodução
Caso de racismo termina com confusão em UPA

Quatro pessoas foram presas na noite de domingo (24) após agredirem profissionais da saúde e do Corpo de Bombeiros na  Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Noroeste, no Jardim Curitiba I, em Goiânia. O grupo se revoltou quando os socorristas precisaram priorizar o atendimento de um paciente em estado grave.


A confusão teria se iniciado após um enfermeiro ser alvo de supostos insultos racistas e homofóbicos. Ele contou ter sido chamado de “preto safado”, “pretinho”, “viado” e “gay” após explicar a necessidade de atendimento imediato ao paciente em estado grave. Diante das ameaças, o profissional acionou a polícia.

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Enquanto aguardavam a chegada da Polícia Militar, militares do Corpo de Bombeiros tentaram conter a situação, mas também foram atacados. Vídeos registrados na unidade mostram uma mulher dando um tapa no rosto de um bombeiro, enquanto outros integrantes do grupo cercavam os socorristas.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, houve agressões verbais, injúria racial e depredação de parte da unidade. O Corpo de Bombeiros informou que um dos envolvidos tentou agredir um militar e chegou a subtrair um objeto da unidade, depois recuperado.

Os quatro suspeitos foram conduzidos à Central de Flagrantes da Polícia Civil, onde foram autuados por injúria racial, desacato, lesão corporal e furto. O paciente em estado grave recebeu atendimento após a confusão ser controlada.