Trio é condenado por exercício ilegal da medicina em MG

Caso aconteceu em Manhuaçu, na Zona da Mara

Sede do Ministério Público de Minas Gerais, na capital Belo Horizonte, onde procurador trabalha
Foto: Reprodução / MP-MG
Sede do Ministério Público de Minas Gerais, na capital Belo Horizonte, onde procurador trabalha

Três pessoas foram condenadas por exercício ilegal da medicina, falsificação de documentos e associação criminosa na cidade de Manhuaçu , na Zona da Mata, em  Minas Gerais.

Conforme informações divulgadas pelo Ministério Público do estado (MPMG) nesta sexta-feira (21), de início a pena foi de detenção, mas ela foi convertida em prestação de serviços à comunidade e pagamento de multa.

De acordo com o MPMG, os três se associaram para cometer os crimes na Casa de Saúde São Lucas entre novembro de 2022 e março de 2023. Dois deles (uma mulher e um homem em união estável) eram sócios da clínica. O terceiro integrante do grupo criminoso possuía vínculo empregatício informal com a empresa.

Segundo a denúncia, um dos sócios da unidade de saúde se aproveitava da condição de médico para guiar a companheira e o funcionário nas condutas fraudulentas de exercício ilegal da medicina e falsificação de documentos médicos. Ainda, estabelecia o que a dupla deveria observar durante a avaliação de pacientes, a realização de exames e a confecção de laudos e prescrições.

Além de coordenar o local, a mulher exercia de forma irregular a atividade de médico - ela realizava diagnóstico de paciente, prescrevia medicação e procedimentos e falsificava a assinatura do companheiro médico.

O funcionário, por sua vez, executava exames de ultrassonografias e emitia laudos médicos e prescrições, orientado pelo casal. Todos esses procedimentos eram realizados sem a presença de um médico.

O médico, no dia 12 de março de 2023, alterou o prontuário de um paciente, no qual adicionou o nome de uma médica que não prestava serviços na clínina e que, no dia e horário dos fatos, estava no setor de obstetrício de um hospital do município.