MP-SP denunciou 16 pessoas, entre eles, policiais militares e civis
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MP-SP denunciou 16 pessoas, entre eles, policiais militares e civis

Dezesseis pessoas foram denunciadas pelo  Ministério Público de São Paulo (MP-SP) à Justiça por formação de milícia privada, lavagem de dinheiro e extorsão contra ambulantes estrangeiros da região do Brás, no Centro de São Paulo. Entre os alvos estão policiais militares e agente da Polícia Civil.

Dos 16 denunciados, nove já cumprem prisão preventiva. Caso a Justiça acate a denúncia do MP, os acusados se tornarão réus. Entre os militares investigados, estão agentes da ativa e policiais reformados.

Houve quebra de sigilos bancário e fiscal de pessoas físicas e jurídicas. 

Para formalizar a denúncia, as autoridades ouviram testemunhas sobre o caso. Uma delas afirmou que um grupo de pessoas começou a exigir, nos últimos meses, o pagamento de R$ 15 mil por ano e mais R$ 300 por semana para que eles pudessem continuar na região.

Além dos PMs, uma escrivã da Polícia Civil — "que é ou já foi companheira de um sargento da PM [Polícia Militar]" — foi vista extorquindo e intimidando os vendedores ambulantes, conforme a investigação.

A operação começou depois que o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP recebeu um ofício da Corregedoria da PM informando sobre a situação envolvendo os agentes de segurança pública, afirmando que eles vinham exigindo e recebendo pagamentos periódicos para permitir a atividade das vítimas na região.

Conforme as investigações, como vários dos vendedores são imigrantes e não têm linhas de crédito, estavam se vendo obrigados a procurar agiotas para obter dinheiro e repassar aos criminosos. Os agiotas, então, usavam os serviços desses mesmos policiais para cobrá-los de forma violenta.

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