Verão começa neste sábado com menos chuvas; veja previsão por região

Estação deve ser marcada por calor menos intenso que o registrado no ano passado

Veja a previsão para este verão por região
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Veja a previsão para este verão por região

A manhã deste sábado (21) deu início ao verão em todo o Hemisfério Sul , época em que são esperadas chuvas intensas e ventos fortes, além das altas temperaturas e dias mais longos que noite . A estação começou oficialmente às 6h21.

Embora a estação seja marcada por grandes volumes de chuvas, isso não deve ocorrer neste ano. “De maneira geral, as previsões climáticas indicam o predomínio de chuvas abaixo da média climatológica em grande parte do país”, segundo a meteorologista do Inmet, Maytê Coutinho.

De acordo com a Climatempo, este verão não será afetado pelo fenômeno El Niño, que deixou a atmosfera global aquecida no último ano, contribuindo para  ondas de calor e eventos extremos no Brasil.

Também não há previsão de formação do La Niña, embora haja uma tendência de resfriamento das águas do oceano Pacífico Equatorial, na costa do Peru — o que vai influenciar no padrão de chuva e temperatura no Brasil durante a estação, já que facilitar a formação de corredores de umidade entre o Norte, o Centro-Oeste e o Sudeste.

Frentes frias

Conforme a previsão, o cenário está favorável para o avanço de frentes frias pela costa do Sul e pelo Sudeste, o que ajuda a canalizar o ar úmido do Norte para o Centro-Oeste e Sudeste, aumentando as áreas de estabilidade.

Oceanos quentes

Como registrado no verão passado, o Hemisfério Sul deve sentir a influência dos oceanos quentes. A maioria das áreas oceânicas do planeta segue com a temperatura acima da média, menos a porção central e leste do Pacífico Equatorial, na costa peruana, que está com temperatura um pouco abaixo da média.


Onde vai chover mais?

Segundo a Climatempo, as chuvas mais frequentes e volumosas devem ocorrer no Sudeste, Centro-Oeste, em muitas áreas do Norte e em parte do Nordeste. O Sul deve ter chuvas mais irregulares e espaçadas, com dias de tempo seco e outros de instabilidade.

Como será o calor?

Não há expectativa de ondas de calor de grande abrangência no território nacional, como ocorreu no último verão, mas o Sul e Norte devem passar por dias quentes, com calor acima do normal. No Sul, a tendência de aquecimento deve ser registrada especialmente no Rio Grande do Sul.

Confira os destaques por região:

Sul

  • Ondas de calor são esperadas no oeste dos estados de RS, SC e PR.
  • Temperaturas mais altas e picos de calor em Porto Alegre
  • Leste de SC e PR devem ter calor moderado, mais próximo da média.
  • Janeiro terá chuvas irregulares e mal distribuídas.
  • Em fevereiro deve chover um pouco acima da média, com pancadas frequentes.
  • Frentes frias devem passar rapidamente sobre a região.

Sudeste

  • Alternância entre semanas chuvosas e temperaturas abaixo da média e semanas de calor e semanas de calor e pancadas de chuva.
  • Temperaturas menores que as registradas no verão passado, com períodos mornos no litoral da região, no leste de SP, RJ, ES, sul e leste de MG, mas com mais chuvas.
  • Frentes frias pela costa da região ajudam a formar corredores de umidade, que aumentam a chuva.

Centro-Oeste

  • Corredores de umidade.
  • Chuvas acima da média, especialmente em GO, MT e leste do MS. 
  • Picos de calor podem afetar o centro-sul e oeste do MS, mas sem ondas de calor frequentes.
  • Chuvas mais volumosas e frequentes que o verão passado, o que deve amenizar as temperaturas.

Nordeste

  • Irregularidade da chuva continua no MA-TO-PI-BA na primeira quinzena de janeiro, o que fará a temperatura subir.
  • Corredores de umidade, favorecendo a ocorrência de chuvas acima da média em grande parte da região.
  • Chuvas frequentes a partir da segunda quinzena de janeiro.
  • Calor intenso no leste da BA, SE, AL e PE.

Norte

  • Tempo abafado e com temperaturas acima da média em praticamente toda a região.
  • Corredores de umidade.
  • Chuva volumosa e frequente — mas menos do que a média registrada durante o verão.
  • Não é esperado novo recorde de vazão baixa nos rios da Amazônia.