O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passou com sucesso por uma nova intervenção médica na manhã desta quinta-feira (12), no Hospital Sírio-Libanês , em São Paulo . O objetivo é fechar vasinhos de sangue estourados e estancar sangramentos cerebral. O procedimento ocorreu bem.
"O procedimento acabou de acabar, foi com sucesso, [a gente] conseguiu embolizar aquela artéria. (...) O presidente está acordado e conversando", disse o cardiologista Roberto Kalil após o final do procedimento, que teve início por volta das 7h10 e acabou perto das 8h.
A nova intervenção é protocolo e de baixo risco e não deve afetar a precisão de saída da UTI. Lula foi internado às pressas há dois dias para submeter-se a uma cirurgia de emergência para sangramento do cérebro.
Procedimento de Lula
Lula passou por uma embolização das artérias meníngeas. O procedimento não é cirúrgico e tem por intuito fechar vasos sanguíneos para minimizar riscos de futuras hemorragias.
A embolização é relativamente segura e não apresenta altos riscos. Em coletiva, Roberto Kalil Filho, cardiologista de Lula, disse que o procedimento é simples e estava previsto para acontecer.
Tudo será por meio de um caráter introduzido na virilha e guiado para o local. Mais detalhes sobre o procedimento do presidente serão divulgados em coletiva de imprensa às 10h por Khalil.
No geral, a embolização é um procedimento comum em pacientes que fazem drenagem de hematomas cerebrais, como Lula.
De acordo com Kalil, havia previsão do procedimento, comum para cirurgias do tipo, e não deverá haver complicações.
“A evolução do presidente foi ótima, ele desenvolveu bem, sentado, conversando, comendo e se alimentando. Já estava sendo discutido como complemento do procedimento cirúrgico esse tipo de embolização. É um tipo de caraterismo.”
“Quando você drena o hematoma (como ocorreu no procedimento de segunda) existe uma pequena possibilidade de, no futuro, as artérias da meninge causarem um pequeno sangramento. Não é impossível de acontecer,” explicou.
Como foi o procedimento
Khalil explicou que o procedimento de Lula era esperado e previsto como desdobramento da cirurgia inicial.
A intervenção tem como objetivo retirar um dreno da cabeça do presidente. Espera-se, assim, minimizar as chances de um novo sangramento no cérebro do presidente.
** Jornalista pelo Mackenzie e cientista social pela USP, trabalha com redação virtual desde 2015 e teve passagem em grandes redações do Brasil. Curte cultura, política e sociologia.