Quatro policiais militares foram flagrados jogando um homem de uma ponte no bairro Vila Clara, localizado na Zona Sul em São Paulo, na madrugada desta segunda-feira (2). De acordo com a Corregedoria da Polícia Militar, treze agentes envolvidos direta ou indiretamente no episódio já foram identificados e afastados.
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra um dos agentes levantando uma moto que está no chão. Em seguida, outros dois militares se aproximam. Então, um quarto agente aparece segurando o homem, que seria o motociclista abordado, pela camiseta. Em seguida, ele se aproxima da ponte e joga o homem no rio.Veja o vídeo da matéria do g1 sobre o caso:
Segundo a Polícia Militar , os agentes seriam do 24º BPM de Diadema, na Grande São Paulo, e teriam perseguido a moto até a Zona Sul de São Paulo, na Cidade Ademar.
O agente que arremessou o homem é da equipe de Rondas Ostensivas com Apoio de Motos (Rocam). A vítima não morreu, mas não há informações sobre o seu estado de saúde e nem para onde ela foi após o ocorrido.
"A ação não encontra respaldo nenhum entre os procedimentos operacionais da Polícia Militar", afirmou o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Muraro Derrite, em comunicado ao O Globo. Ele também disse que ordenou o "afastamento imediato de todos os policiais envolvidos" e abertura de um inquérito na Corregedoria.
"Ações isoladas não podem denegrir a imagem de uma instituição que tem quase 200 anos de bons serviços prestados para a nossa população. Não vamos tolerar nenhum tipo de desvio de conduta de nenhum policial no estado de São Paulo", declarou o secretário.
Nota da SSP
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que "a Polícia Militar repudia veementemente a conduta ilegal adotada pelos agentes públicos no vídeo mostrado. Assim que tomou conhecimento das imagens, a PM instaurou um inquérito policial militar (IPM) para apurar os fatos e responsabilizar os policiais envolvidos nessa ação inaceitável".
"Todos os policiais que estavam em serviço na área identificada foram convocados e já estão sendo ouvidos. A instituição reitera seu compromisso com a legalidade, sem tolerar qualquer desvio de conduta", finaliza o comunicado.