Antônio Carlos Ferreira de Sousa, ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal, foi demitido por justa causa nesta sexta-feira (22). As acusações são de diversos episódios de assédio sexual e moral entre 2021 e 2022. Ele estava afastado do cargo desde 2022.
A pena foi aplicada pela Controladoria Geral da União (CGU) após o ministério confirmar diversas práticas de humilhação, constrangimento e insinuação às vítimas. Antônio fica proibido de exercer cargo comissionado por oito anos e não faz mais parte da equipe da Caixa.
A demissão saiu no Diário Oficial assinada pelo ministro-chefe da CGU, Vinicius Marques de Carvalho . A Caixa espera a comunicação oficial para efetivar a demissão. O trecho do diário diz:
"Enquanto incidir a inelegibilidade prevista no artigo 1º, inciso I, alínea "o", da Lei Complementar nº. 64, de 18 de maio de 1990, pelo prazo de 8 (oito) anos, fica impedida a indicação, nomeação ou posse do apenado para cargos efetivos e em comissão ou funções de confiança no Poder Executivo Federal, nos termos da Orientação Normativa nº 86 de 5 de julho de 2024, da Advocacia-Geral da União, publicada no D.O.U de 8 de julho de 2024, sem prejuízo dos demais impedimentos legais aplicáveis a órgãos específicos."
Relembre o caso de assédio
Antônio Carlos Ferreira de Sousa trabalhava na Caixa desde 1989 e foi vice-presidente de Estratégia e Pessoas (VIEPE) e de Logística e Operações (VILOP) durante o mandato de Pedro Guimarães . Guimarães foi acusado de diversos casos de assédio contra funcionários.
Em uma bola de neve, aliados de Guimarães também cometiam assédios. Era o caso de Antônio Carlos .
De acordo com o g1, funcionários que relataram casos de assédio incluem um homem que foi chamado por Antônio e Guimarães para explicar por que postou, nas redes sociais, uma foto abraçando uma pessoa de esquerda. Eram frequentes perguntas e perseguições por causa da vida pessoal dos funcionários.
Guimarães é réu em sete casos de assédio sexual e oito de importunação . Ele se demitiu quando o escândalo estourou.