Suspeito de coordenar assassinato de "delator do PCC" estava no aeroporto antes do crime

Kauê do Amaral Coelho, apontado como olheiro, teria avisado atiradores sobre a localização da vítima no momento do ataque

Kaue é acusado de participar do assassinato de Vinicius Gritzbach
Foto: Divulgação/ Polícia Civil
Kaue é acusado de participar do assassinato de Vinicius Gritzbach

Kauê do Amaral Coelho , um dos principais suspeitos de ser coautor do assassinato de  Vinícius Gritzbach , o " delator do PCC " no dia 8 de novembro, foi filmado no aeroporto de Guarulhos mais de uma hora antes do crime. Imagens obtidas pela Polícia Civil de São Paulo mostram o suspeito no saguão do aeroporto, aparentemente cumprindo a função de olheiro para o ataque.

O Secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, confirmou que Kauê esteve no local antes mesmo da chegada de Gritzbach. Registros das câmeras de segurança mostram o suspeito no saguão do aeroporto cerca de uma hora antes de o delator do PCC (Primeiro Comando da Capital) e de policiais civis ser morto.

De acordo com a investigação, Kauê foi responsável por avisar os atiradores sobre a localização exata de Gritzbach, utilizando um celular para informar sobre sua chegada ao local. A Polícia Civil revelou que o crime foi executado em apenas sete segundos, com a vítima sendo atingida por 10 tiros de fuzil.

O assassinato ocorreu em frente ao terminal 2 do aeroporto, onde Gritzbach estava acompanhado de sua namorada e de um escolta da Polícia Militar. Dois homens armados, em um Gol preto, se aproximaram lentamente do local.

O veículo, que foi monitorado pelas imagens das câmeras de segurança, circulou três vezes pelo setor de desembarque antes de parar atrás de um ônibus da Guarda Civil Metropolitana, momento em que os atiradores desceram e efetuaram os disparos.

A polícia identificou que o Gol preto utilizado no crime pertencia a uma mulher da zona leste de São Paulo. Ela havia vendido o carro a um homem, cuja participação no assassinato foi descartada após depoimento no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).