TCU investiga possível uso indevido de verba pública no “Janjapalooza”

Deputado do PL pediu investigação sobre suposto uso indevido de verba pública, assim como patrocínio de empresas estatais

Show de Ilessi no Festival Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, na Praça Mauá, durante o G20 Social.
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Show de Ilessi no Festival Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, na Praça Mauá, durante o G20 Social.


O Tribunal de Contas da União (TCU) iniciou nesta segunda-feira (18), uma investigação para apurar um possível uso indevido de verbas públicas no festival de música apelidado como "Janjapalooza" . O nome oficial do evento é Aliança Global - Festival Contra a Fome e a Pobreza.

O evento aconteceu no contexto da reunião da  cúpula do G20 no Rio de Janeiro e contou com diversas atrações musicais brasileiras, inclusive Ney Matogrosso e Alceu Valença .

Revisão de verba

O evento Aliança Global Festival Contra a Fome e a Pobreza aconteceu na última semana para acompanhar o G20 Social, evento relacionado à reunião da Cúpula do G20, no Rio de Janeiro. A iniciativa contou com o apoio da primeira-dama, Janja da Silva, e recebeu o apelido "Janjapalooza" devido à associação com a esposa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. (Janja não gostou do apelido).

Pedido de revisão

O pedido para a abertura da investigação foi de Ubiratan Sanderson, deputado federal pelo PL-RS. Ele acredita que, por parte do governo, houve “malversação de recursos públicos” e “superfaturamento” no evento.

“Não é admissível que recursos públicos sejam utilizados de forma questionável, principalmente em um momento em que o Brasil exige austeridade e responsabilidade fiscal. Esse tipo de gasto afronta os princípios básicos da gestão pública”, disse o deputado.

Sanderson enviou um documento ao TCU no qual escreveu sobre a utilização de recursos públicos para promover apresentações musicais em meio à grave crise econômica que o Brasil enfrenta fere os princípios basilares da administração pública, principalmente os de moralidade".

Denúncia de patrocínio

O deputado do PL também questionou e trouxe à tona supostos patrocínios de empresas estatais. No documento, citou uma transferência de R$ 33,5 milhões da Itaipu Binacional e Petrobras. Além disso, outras instituições financeiras públicas como Banco do Brasil, BNDES e Caixa Econômica Federal também teriam contribuído com dinheiro para a realização do evento.

** Jornalista pelo Mackenzie e cientista social pela USP, trabalha com redação virtual desde 2015 e teve passagem em grandes redações do Brasil. Curte cultura, política e sociologia.