Caso Gritzbach: Polícia de SP identifica suspeito de tiroteio em aeroporto de Guarulhos

De acordo com a polícia, Gritzbach foi o principal alvo do ataque que matou duas pessoas; empresário era envolvido com PCC

Polícia descobriu diversos novos detalhes, e agora tem primeiro suspeito de tiroteio em Aeroporto de Guarulhos
Foto: Reprodução/ Redes Sociais
Polícia descobriu diversos novos detalhes, e agora tem primeiro suspeito de tiroteio em Aeroporto de Guarulhos

A Polícia Civil de São Paulo identificou nesta segunda-feira (18) um dos envolvidos no assassinato de  Antônio Vinícius Gritzbach , de 38 anos,  morto a tiros em um ataque no Aeroporto Internacional de Guarulhos no dia 8 de novembro. A principal suspeita é que o crime foi a mando do PCC.

O suspeito, cujo nome não foi revelado, teve a prisão decretada pela Justiça de São Paulo. Ele foi identificado com a ajuda das imagens de câmeras de segurança do aeroporto, que mostravam o suspeito no local do crime.

Segundo informações do colunista Josmar Jozino, do UOL, os policiais contaram com a ajuda das imagens de câmeras de segurança para identificar o suspeito. Ele seria traficante de drogas.

O criminoso estaria dentro do Terminal 2 para observar o momento em que a vítima chegaria de viagem. Após ver Gritzbach, ele teria ligado para os atiradores para informar que o empresário estava saindo do local.

Após a saída de Gritzbach do aeroporto, os atiradores desceram do carro e efetuaram os disparos.

Crime planejado

Pela segurança e local escolhido, a PM acredita que o atirador teve ajuda e tudo fez parte de um plano elaborado e planejado profissionalmente.

Pelo menos 29 disparos foram efetuados, atingindo pelo menos quatro pessoas. Gritzbach foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiu.

Além de Gritzbach, outras três pessoas foram baleadas. O motorista de aplicativo Celso Araujo Sampaio de Novais faleceu neste fim de semana. As outras duas vítimas estão em bom estado de saúde.

Investigação

A investigação mostra que o suspeito aguardou a chegada de Gritzbach no saguão do Terminal 2 do aeroporto. Por telefone, o olheiro alertou os atiradores sobre o momento exato em que a vítima chegou de Maceió e deixou o terminal.

É possível ver um Gol preto se aproximando devagar e passando por um ônibus estacionado. Dois homens armados desceram do carro e, na frente de Gritzbach, dispararam vários tiros.

O ataque foi rápido e fatal para Vinícius, que recebeu dez tiros. Na hora do atentado, Gritzbach estava com a namorada, Maria Helena Paiva Antunes, de 29 anos, e uma escola de policiais que, agora, está sendo investigada por suposto envolvimento no crime.

Ligação com PCC e tráfico

De acordo com o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o crime inteiro durou apenas sete segundos. A vítima foi atingida por dez tiros de fuzis.

O suspeito identificado como olheiro também ajudou na fuga e troca de carro dos atiradores.

Detalhes sobre o carro

Novas filmagens mostram o Gol preto dando três voltas ao redor da área de desembarque do Terminal 2 antes de estacionar atrás de um ônibus da Guarda Civil Metropolitana (GCM).

O carro era, originalmente, de uma mulher que mora na Zona Leste. O veículo foi vendido para um homem, que, após ser questionado pela polícia, descobriu-se não ter envolvimento com o crime.

Outros exames e provas

A força-tarefa que investiga o assassinato de Gritzbach espera resultados significativos em breve. Entre os testes aguardados estão os exames de DNAs coletados dos objetos, assim como materiais genéticos encontrados no Gol preto e nas armas abandonadas pelos criminosos.

A polícia também analisa os celulares apreendidos com os envolvidos na escolta de Gritzbach, incluindo os de cinco policiais militares, da namorada da vítima, e o próprio celular do empresário.