A Presidência do Brasil no G20 entra em sua fase final nesta semana, com a reunião de cúpula dos chefes de estado marcada para segunda-feira (17) e terça-feira (18), no Rio de Janeiro .
O G20, grupo que reúne as principais economias mundiais, contará com a participação de 19 países, além da União Europeia e da União Africana. Também são esperados representantes de 55 países e organizações internacionais. Durante os dois dias de evento, os líderes discutirão temas cruciais, como a pobreza, as instituições globais e as mudanças climáticas.
A primeira reunião ocorrerá na segunda-feira (17), às 10h, com foco no combate à pobreza. Durante esse encontro, o Brasil lançará uma aliança internacional para o combate à fome e à pobreza. À tarde, às 14h30, será realizada uma segunda reunião sobre a reforma das instituições globais, com destaque para a ONU. No final do dia, às 18h, o presidente Lula recepcionará os líderes estrangeiros para um evento oficial.
Na terça-feira (18), pela manhã, o tema principal será a transição energética e as mudanças climáticas, com uma reunião destinada a discutir ações globais para mitigar os impactos ambientais. Após essa reunião, haverá uma cerimônia de encerramento, marcando a transmissão simbólica da presidência do G20 para a África do Sul.
Ao final da cúpula, será divulgada uma declaração conjunta dos líderes, com diretrizes, posicionamentos e medidas que terão impacto nas políticas globais. Entre os temas discutidos estará a Guerra da Ucrânia, com divergências sobre a maneira de abordar o conflito, além do debate sobre o conflito Israel-Hamas. Alguns países defendem que a declaração final inclua críticas aos excessos de Israel na invasão de Gaza.
Um dos pontos que o Brasil deseja incluir na declaração final é a proposta de uma taxação de super-ricos. A ideia é criar um imposto global de 2% sobre o patrimônio de 3 mil super-ricos, com um potencial de arrecadação de US$ 250 bilhões por ano.
Agendas realizadas
No domingo (17), o presidente Lula realizou reuniões bilaterais com 10 chefes de estado e a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen. Entre os líderes recebidos estavam os presidentes da África do Sul, Malásia, Itália, Abu Dhabi, Vietnã, Angola, Turquia, Egito, França e Bolívia.
O fim de semana também foi marcado por diversos eventos paralelos ao G20 no Rio de Janeiro, como o U20, encontro de prefeitos, e o G20 Social, que reuniu representantes da sociedade civil de diferentes cidades e países para debater formas de combater a pobreza e as mudanças climáticas.
Além disso, o Global Citizen Now, evento global sobre justiça social e meio ambiente, destacou uma nova parceria entre a Europa e a África para ampliar as energias renováveis no continente africano.
Visita de Joe Biden à Amazônia
No mesmo dia, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, visitou a Amazônia e anunciou novos esforços para preservar a floresta, incluindo um aporte de US$ 50 milhões para o Fundo Amazônia, reafirmando o compromisso dos EUA com a proteção ambiental no Brasil.
Composição do G20
O G20 é composto por 19 países dos cinco continentes: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia. Também fazem parte da organização a União Europeia e a União Africana. Juntos, esses países representam dois terços da população mundial, 85% do PIB global e 75% do comércio internacional.
O que é o G20?
O G20 é um fórum global de diálogo e cooperação entre as maiores economias do mundo. Embora não tenha poder para impor medidas obrigatórias aos países membros, o G20 serve como um espaço para debate e troca de experiências sobre questões econômicas, sociais e políticas globais, com o objetivo de estabelecer diretrizes que influenciem políticas e iniciativas futuras.