Após atentado em Brasília, casas de ministros do STF passam por inspeção

medida visou identificar possíveis riscos de artefatos explosivos nas proximidades das residências

Flávio Dino é um dos ministro do STF
Foto: Agência Brasil
Flávio Dino é um dos ministro do STF

Residências dos ministros do Supremo Tribunal Federal ( STF ) foram submetidas a uma inspeção detalhada no dia de ontem (14), após o  atentado ocorrido na Praça dos Três Poderes na noite anterior. A medida visou identificar possíveis riscos de artefatos explosivos nas proximidades das casas.  

Embora a segurança das residências já conte com policiais judiciais, o atentado elevou o nível de rigor nas verificações. O episódio envolveu Francisco Wanderley Luiz , que morreu ao detonar uma bomba próximo à estátua da Justiça , em frente ao prédio do STF .  

Além das residências, o prédio principal do Supremo também foi alvo de uma varredura minuciosa na manhã de quinta-feira. Agentes da Polícia Federal ( PF ) e do Batalhão de Operações Especiais ( Bope ) da Polícia Militar participaram da ação. Desde então, o local está cercado por gradis, medida que permanecerá por tempo indeterminado.  

Ameaças recorrentes


As ameaças contra o STF têm sido frequentes, intensificadas após os ataques de 8 de janeiro de 2023. Desde então, a Corte já recebeu cerca de mil e-mails com mensagens de ódio e ameaças, média de três por dia.  


Após o atentado de quarta-feira, mensagens anônimas surgiram exaltando Wanderley como um “mártir”. Algumas das mensagens afirmavam que ele “descansa ao lado de Deus” após investir contra a “escória” do STF.  

Francisco Wanderley Luiz havia publicado em redes sociais sua intenção de realizar um ataque. A Polícia Federal abriu inquérito para investigar o caso, que foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes. As linhas de apuração incluem suspeitas de atentado contra o Estado de Direito e ato terrorista.  

Após o ataque, o STF ativou o Plano Escudo, uma estratégia de segurança que inclui reforço em perímetros sensíveis e ampliação das medidas de vigilância para proteger magistrados e instalações. A implementação do plano segue em vigor para prevenir novos incidentes.