A Polícia Federal (PF) abriu inquérito para investigar as explosões que ocorreram na noite desta quarta-feira (13) na Praça dos Três Poderes , em Brasília. No momento dos atentados, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estava reunido com o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, no Palácio do Alvorada, segundo a colunista do jornal O GLOBO, Renata Agostini.
A decisão de a PF assumir a investigação foi tomada de forma imediata, uma vez que o ataque aconteceu em uma área de órgão público federal, aumentando a complexidade do caso.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou ao portal "UOL" que as explosões serão apuradas com rapidez pela Polícia Federal, para garantir o funcionamento do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal.
"A Polícia Federal está trabalhando com rigor para elucidar, com celeridade, a motivação das explosões na Praça dos Três Poderes, em frente ao Supremo Tribunal Federal, e nos arredores do Congresso Nacional", disse o ministro, em nota.
Segundo Lewandowski, as forças federais de segurança pública "acompanham atentamente os acontecimentos ocorridos na capital do país, na noite desta quarta-feira (13), e estão preparadas para assegurar o pleno funcionamento dos Poderes constituídos".
Para as primeiras ações de segurança, foram acionados policiais do Comando de Operações Táticas (COT) e do Grupo de Pronta-Intervenção da Superintendência Regional da PF no Distrito Federal, além de peritos e do grupo Antibombas, que estão responsáveis pela análise do local e pelas medidas iniciais de contenção.
As explosões, que ocorreram em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), deixaram um morto e um carro incendiado. A área foi rapidamente isolada pela polícia, e o prédio do STF foi evacuado para garantir a segurança dos funcionários e autoridades presentes.
Além da Polícia Federal, a Polícia Civil do Distrito Federal também está investigando o caso, que é considerado de extrema seriedade pelas autoridades.
O ataque
As explosões ocorreram com um intervalo de 20 segundos, por volta das 19h30, e logo a área em frente ao STF foi isolada. A primeira explosão aconteceu em um carro estacionado no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados. O veículo estava registrado em nome de Francisco Wanderley Luiz, que também foi identificado como a vítima fatal da segunda explosão, ocorrida em frente ao Supremo, pouco tempo depois.
Francisco, que foi candidato a vereador em Rio do Sul, Santa Catarina, nas eleições de 2020 pelo PL, não conseguiu se eleger. A Polícia Civil do Distrito Federal confirmou sua identidade por volta das 23h50.
Investigação
A Polícia Federal (PF) assumiu as investigações e, considerando a possibilidade de um novo ataque aos Três Poderes, encaminhará o inquérito ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, que já é responsável pela investigação sobre os atos golpistas de 8 de janeiro. O caso é tratado com extrema gravidade, dado o contexto de ameaças às instituições.
Sequência das explosões:
- A primeira explosão aconteceu no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados, às 19h30.
- O suspeito, após o atentado inicial, tentou entrar no prédio do STF, mas não conseguiu.
- Em seguida, a segunda explosão ocorreu em frente ao Supremo Tribunal Federal.