Ali Khamenei
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Ali Khamenei

O líder supremo do Irã , o aiatolá Ali Khamenei, prometeu neste sábado (2) responder aos ataques de Israel e seu aliado, os Estados Unidos, contra Teerã e grupos que ele apoia na região.

"Os inimigos, tanto os EUA quanto o regime sionista, devem saber que eles definitivamente receberão uma resposta devastadora ao que estão fazendo contra o Irã, a nação iraniana e a frente de resistência", disse Khamenei durante um encontro estudantil em Teerã, referindo-se à aliança de grupos apoiados pelos iranianos, que incluem os houthis do Iémen, o Hezbollah libanês e o Hamas palestino.

A declaração de Khamenei ocorre em um contexto de tensões crescentes, com Washington anunciando a implantação de ativos militares adicionais no Oriente Médio, como destróieres de defesa de mísseis balísticos e bombardeiros B-52 de longo alcance, em um aviso ao Irã durante um período de troca de ataques entre o país e Israel.

Neste sábado, grupos pró-Irã reivindicaram quatro ataques de drones na cidade israelense de Eilat, enquanto o Hezbollah informou ter lançado foguetes contra uma base de inteligência de Israel, nas proximidades de Tel Aviv.

As hostilidades entre Hezbollah e Israel se intensificaram desde o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, o que desencadeou uma escalada no conflito em Gaza. O Exército israelense declarou que ativou sirenes em resposta à aproximação de "alvos aéreos suspeitos" vindos do Líbano.

O Irã já havia anunciado que daria uma resposta “implacável” ao bombardeio israelense ocorrido na madrugada do último sábado, afirmando que Israel “se arrependerá” desse ataque. Enquanto isso, fontes militares israelenses relataram que o país está em “alto nível de prontidão” para uma possível ofensiva iraniana, observando que as capacidades de ataque e defesa do Irã foram prejudicadas.

"A recente ação do regime sionista, que atacou partes do nosso país, foi um ato desesperado, e a República Islâmica do Irã responderá de maneira implacável, de forma que fará Israel se arrepender", disse Mohammad Mohammadi Golpayegani, chefe do gabinete do líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei.

Ele elogiou a defesa antiaérea iraniana por ter “impedido a entrada de aviões de combate do regime sionista no território” e garantiu que os danos causados pelo bombardeio foram “mínimos”. Segundo a imprensa israelense, mais de 100 aeronaves foram utilizadas no ataque, que ocorreu em duas ondas, sendo a primeira vez desde a Guerra Irã-Iraque que uma força aérea estrangeira bombardeou o território iraniano.

Após os bombardeios de 26 de outubro, Israel advertiu o Irã que responderia a qualquer represália. O Irã, que afirma não buscar a guerra, prometeu responder, com o general Hosein Salami, chefe da Guarda Revolucionária, alertando Israel sobre uma resposta “inimaginável”. Ele afirmou que o Estado judeu “chegou ao nível de colapso e agora age às cegas, sem respeitar nenhuma regra, cometendo todo o tipo de crime”.

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