O número de mortes em acidentes aéreos no Brasil aumentaram nos últimos 10 anos. Em 2024, já foram registrados 127 óbitos, conforme dados do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos ( Cenipa ). Os números representam o maior índice de fatalidades no setor desde 2018.
Esse total não inclui a queda de um avião de pequeno porte ocorrida nesta quarta-feira (25) em São Paulo .
Em um dos acidentes mais graves deste ano, 61 pessoas perderam a vida na queda de um avião da Voepass em Vinhedo (SP) . O desastre no interior de São Paulo elevou significativamente a taxa de mortes, que em 2022 foi de 49 pessoas, contra 77 fatalidades registradas até então em 2023.
Em 2014, há 10 anos, o Cenipa registrou 175 ocorrências, sendo 38 com mortes. Um total de 83 pessoas perderam a vida naquele ano em acidentes aéreos. O último ano com o maior número de óbitos foi 2016, quando 104 pessoas morreram em 45 ocorrências distintas.
Na última quarta-feira (23), um Embraer-121 Xingu, que partiu de Florianópolis com destino a Belo Horizonte, caiu em uma área de mata em Santa Branca, interior de São Paulo, durante uma tempestade. A aeronave perdeu contato com os radares às 18h39 e, posteriormente, foi encontrada com todos os cinco ocupantes mortos.
O gestor de crises e especialista em investigação de acidentes aeronáuticos, Maurício Pontes, afirmou ao jornal o Globo:
“Não é possível dizer que há uma epidemia de acidentes aéreos. Sob um olhar ainda dependente de cada conclusão investigativa, os mais recentes não nos permitem apontar um nexo de causalidade entre eles. Cada um desses 155 casos conta uma história diferente. São eventos isolados, que não indicam que este seja um momento ruim para viajar em uma aeronave”, disse o especialista.
Em 2023, foram registrados 155 acidentes, uma alta de 13% em relação ao ano anterior, ou seja, uma média de um acidente aéreo a cada dois dias no país.
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