Atirador de Novo Hamburgo é encontrado morto; ele tinha quatro armas registradas

Edson Fernando Crippa, de 45 anos, matou o próprio pai e o irmão após ser denunciado por maus-tratos

Edson Crippa foi encontrado morto pelos policiais da BM nesta quarta (23)
Foto: Montagem iG - Reprodução (redes sociais)
Edson Crippa foi encontrado morto pelos policiais da BM nesta quarta (23)

O homem que matou três pessoas e feriu outras dez em Novo Hamburgo, na região metropolitana de Porto Alegre, foi encontrado morto dentro de casa na manhã desta quarta-feira (23), após nove horas de cerco policial e várias tentativas de negociação da Brigada Militar (BM).

Segundo informações do comandante da BM, Cláudio Santos Feoli, a polícia entrou na casa do suspeito, identificado  Edson Fernando Crippa, de 45 anos, por volta das 8h30 desta quarta, encontrando-o já sem vida.

Entretanto, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), publicou no X que a corporação “agiu com firmeza, e o atirador foi morto, evitando consequências ainda maiores”.

Quem era Edson Crippa

Edson Crippa atuava como motorista de caminhão. Segundo informações da Rádio Gaúcha, ele tinha quatro armas registradas em seu nome:

  • 1 pistola Taurus PT111G2 calibre 9 mm
  • 1 rifle calibre 22
  • 1 espingarda calibre 12
  • 1 pistola .380

Ele fez a própria família refém em casa e matou o próprio pai, Eugênio Crippa, de 74 anos, o irmão, Everton Crippa, e o policial militar Everton Raniere Kirsch Junior, que deixa a esposa e um filho de 45 dias.

Já entre os feridos estão mãe de Edson, Cleris Crippa, de 70 anos; e a cunhada Priscilla Martins, de 41. A mãe do atirador está em estado grave. As demais pessoas feridas são seis policiais, um deles em estado grave, e um guarda municipal.

Entenda o caso

O pai do suspeito, Eugênio Crippa, de 74 anos, acionou a Brigada Militar por volta das 23h desta terça (22) para denunciar que ele e a esposa estariam sofrendo maus-tratos pelo filho. A corporação, então, seguiu para o endereço da casa da família Crippa no bairro Ouro Branco, nas proximidades do Instituto Penal de Novo Hamburgo.

“Recebemos uma ligação do pai do agressor informando que eles estava sofrendo maus-tratos. No local, a equipe fez contato com o pai do agressor, que relatou que ele e a mãe do agressor estavam sofrendo por parte do filho, que não deixava eles saírem de casa”, informou o Tenente-coronel Alexandro dos Santos Famoso, da Brigada Militar.

Segundo o militar, os agentes chegaram ao local e tudo ocorria tranquilamente, até Edson começar a atirar. "Ele começou a atirar em todas as pessoas que estavam na frente da residência", disse o tenente-coronel.

Outras unidades que chegaram ao cenário também foram atacadas a tiros. "Fizemos tentativas de negociação e tentamos contatá-lo por telefone, mas ele não atendeu", informou o tenente.

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