Edilson Barbosa dos Santos , conhecido como " Orelha ", foi condenado pela Justiça do Rio de Janeiro por envolvimento na destruição do carro utilizado no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes , ocorrido em março de 2018.
A sentença foi proferida pelo juiz Renan de Freitas Ongaratto, da 39ª Vara Criminal, que determinou a pena de cinco anos de prisão para Orelha. Ele foi considerado culpado por embaraçar a investigação de infração penal relacionada à organização criminosa.
De acordo com as investigações, Orelha, que é dono de um ferro-velho, foi responsável por destruir o veículo no desmanche, o que dificultou o andamento das investigações.
A decisão judicial afirma que ele agiu com consciência da gravidade do crime e de sua repercussão, ressaltando que a destruição do carro contribuiu para a sensação de impunidade.
Orelha teria sido acionado por Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, que era próximo dos executores do crime, Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz. O objetivo era eliminar o carro usado no atentado.
O juiz destacou que Orelha, ao ajudar a destruir o veículo, dificultou o trabalho das autoridades e atrasou a resolução do caso.
Durante os depoimentos, foi revelado que Orelha tinha conhecimento prévio da participação do carro no crime.
Apesar de inicialmente ter demonstrado medo de Ronnie Lessa e ter hesitado em participar, ele acabou contribuindo para a eliminação do veículo.
O automóvel foi levado para um desmanche no Morro da Pedreira, segundo o relato de Élcio de Queiroz.
Essa condenação é a primeira relacionada ao caso Marielle Franco, que continua sob investigação pelas autoridades.
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