Operação do Ministério da Justiça contou com cooperação internacional
Divulgação/Ministério da Justiça
Operação do Ministério da Justiça contou com cooperação internacional


Operação do Ministério da Justiça e Segurança Pública tirou do ar, nesta quinta-feira (19), 675 sites e 14 aplicativos de streaming ilegal. Foram cumpridos 30 mandados de busca e apreensão em nove estados brasileiros.

A ação é a sétima fase da "Operação 404" do governo. O nome faz referência ao "erro 404" que, no protocolo de internet, indica uma página fora do ar não encontrada por usuários.

Oito pessoas foram presas, sendo cinco no Brasil e três na Argentina . Entre os presos no Brasil, um tinha mandado de prisão preventiva e os outros três foram detidos em flagrante.

A operação, segundo o governo, faz parte de uma mobilização entre diferentes nações contra infrações a direitos autorais. Além do bloqueio dos sites, os conteúdos foram removidos dos servidores e desindexados dos mecanismos de buscas. Páginas e perfis também foram derrubados das redes sociais.

Prejuízo à economia

Ainda segundo a operação, os investigados são "suspeitos de distribuir conteúdo pirata em sites e plataformas digitais, prática que causa prejuízos significativos à economia e à indústria criativa, além de ferir os direitos de autores e artistas".

"As perdas para o setor cultural e criativo são significativas, mas os danos vão além do impacto econômico", diz o Ministério da Justiça .

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Em operação recente contra pirataria, os investigadores identificaram que os mesmos sites que distribuíam conteúdo sem autorização também espalhavam vírus e malwares que deixavam os dispositivos dos usuários vulneráveis a roubo de dados e outros tipos de ataques.

Cooperação internacional

A ação foi coordenada pelo Laboratório de Operações Cibernéticas da Secretaria Nacional de Segurança Pública, vinculada ao Ministério da Justiça. Os mandados foram cumpridos por policiais civis de nove estados: Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo.


Os ministérios públicos de São Paulo e de Santa Catarina também participaram da ação. Órgãos de cinco países e dois continentes também estavam envolvidos na operação: Argentina, Reino Unido, Estados Unidos, Peru e Paraguai. Entidades de defesa dos direitos artísticos e autorais nacionais e internacionais também fizeram parte.

Confira todas as associações, entidades e órgãos presentes na investigação:

  • Unidad Fiscal Especializada en Investigación de Ciberdelitos (UFEIC), da Argentina;
  • City of London Police – Police Intellectual Property Crime Unit e Intellectual Porperty Office (⁠IPO), do Reino Unido;
  • ⁠Departamento de Justiça e ⁠Departamento de Comércio, dos EUA;
  • ⁠Instituto Nacional de Defensa de la Competencia y de la Protección de la Propiedad Intelectual (INDECOPI), do Peru;
  • Unidad Especializada en Hechos Punibles Contra la Propiedad Intelectual do Paraguai;
  • Premier League (organizadora do campeonato de futebol inglês);
  • Alliance for Creativity and Entertainment (ACE);
  • Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA); ⁠
  • Aliança Contra a Pirataria de Televisão Paga (ALIANZA) – América Latina;
  • Conselho Nacional de Combate à Pirataria (CNCP);
  • ⁠Associação Protetora dos Direitos Intelectuais e Fonográficos (APDIF);
  • Motion Picture Association (⁠MPA) - América Latina;
  • Representing the Recording Industry Worldwide (IFPI);
  • ⁠Entertainment Software Association (ESA);
  • Instituto de Propriedade Intelectual da União Europeia (EUIPO); e
  • Dirección Nacional de Propiedad Intelectual (DINAPI), do Paraguai.


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