O Tribunal de Justiça de Pernambuco declarou que familiares de Deolane Bezerra financiaram manifestações em apoio à influenciadora , que está presa sob suspeita de envolvimento em lavagem de dinheiro por meio de jogos ilegais . A influencer foi transferida da capital pernambucana para a penitenciária de Buíque.
Segundo o TJPE, "o financiamento de manifestantes, por iniciativa de familiares da paciente [Deolane], para se aglomerarem diante da Colônia Penal Feminina do Recife (Bom Pastor) e realizarem protesto, demonstra a total inconveniência da permanência da paciente em suas instalações, justificando o seu encarceramento em Buíque".
A influenciadora teve seu pedido de habeas corpus negado por um desembargador, que alegou que há provas de que seus familiares estariam financiando as manifestações.
As evidências incluem reportagens e vídeos que mostram a irmã de Deolane entregando dinheiro a pessoas que se identificam como fãs.
Anteriormente, Deolane havia sido beneficiada com a prisão domiciliar, mas a medida foi revogada devido ao descumprimento de medidas cautelares.
Após ser libertada da prisão preventiva, a advogada passou a cumprir pena em regime domiciliar com restrições, como a proibição de dar entrevistas ou se manifestar publicamente sobre o caso.
No entanto, após deixar o presídio, ela concedeu entrevistas e publicou uma foto nas redes sociais com a boca tapada, o que gerou repercussão.
Defesa de Deolane
A defesa de Deolane argumentou que a influenciadora foi assediada pela imprensa e que suas declarações não foram dirigidas a ninguém em particular.
O desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, ao negar o pedido de habeas corpus, destacou que Deolane desobedeceu à ordem judicial ao se manifestar sobre o processo na mídia e nas redes sociais, e que ela tentou mobilizar a população contra a investigação policial.
O magistrado afirmou ainda que a decisão de conceder liberdade a influencer foi baseada no bem-estar de sua filha, mas que a influenciadora não deu a mesma prioridade à criança.
A defesa de Deolane recorreu ao Superior Tribunal de Justiça na tentativa de reverter a prisão preventiva.
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