Mulher que morava no McDonald's é proibida de frequentar estabelecimento no Leblon

Ela foi presa por injúria racial

Mãe e filha 'moram' no McDonald's
Foto: (Foto: Pedro Ivo / Agência O Dia)
Mãe e filha 'moram' no McDonald's

Susane Muratori, famosa por ter vivido com a filha em uma unidade do McDonald's no Rio , está agora proibida de frequentar o local após ser presa sob suspeita de injúria racial. A mulher de 65 anos foi detida em flagrante na sexta-feira (30) e liberada no sábado (31). Ela foi acusada de fazer ataques racistas contra um grupo de adolescentes na lanchonete do Leblon.

Durante a audiência de custódia, a juíza Ariadne Villela Lopes concedeu liberdade provisória a Susane, considerando sua idade e o fato de ser ré primária. A juíza também levou em conta que as vítimas não sofreram agressões físicas. Contudo, Susane está proibida de frequentar a unidade do McDonald's por dois anos e deve se manter a pelo menos 500 metros de uma das adolescentes a quem direcionou insultos.

Além disso, a acusada não poderá manter contato com a jovem por qualquer meio e precisará justificar suas atividades mensalmente à Justiça.

Em maio, o UOL noticiou que Susane e sua filha Bruna Muratori eram observadas por muitos clientes da lanchonete. Em um episódio, Bruna se irritou com os olhares e tentou confrontar algumas pessoas que estavam curiosas. Susane, ao perceber a situação, comentou de forma negativa sobre os observadores, reclamando da atenção que recebiam.

Após a repercussão do caso, Bruna lançou uma vaquinha online para arrecadar fundos, tendo conseguido mais de R$ 1 mil de um objetivo de R$ 10 mil. Na campanha, Bruna se defendeu das críticas e afirmou ser apenas uma "cliente" do McDonald's, criticando a imprensa por afirmar que ela morava no local.

A mãe e a filha rejeitaram ofertas de abrigo e outros serviços de apoio socioassistencial, segundo o UOL. A Secretaria Municipal de Assistência Social confirmou que tentou ajudar a dupla em março, mas ambas recusaram as ofertas.