Casal e bebê morrem ao pular de prédio em chamas em Goiás; veja o que se sabe

Graciane Rosa, Luiz Evaldo e o filho bebê de 23 dias morreram imediatamente

Graciane Rosa e Luiz Evaldo estavam juntos desde 2019
Foto: Reprodução Redes Sociais
Graciane Rosa e Luiz Evaldo estavam juntos desde 2019

Graciane Rosa, Luiz Evaldo Lima e o filho bebê de 23 dias Léo morreram ao pular de um prédio em chamas em Valparaíso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, segundo informações do Corpo de Bombeiros. O  incêndio no apartamento do sétimo andar deixou outros 12 feridos. 

O casal anunciou a gravidez em janeiro deste ano e disse esperar o filho "com o coração cheio de amor", em postagem nas redes sociais. Léo era o segundo filho de Graciane, que já tinha uma menina. A filha mais velha de Graciane estava na escola durante o incidente.  

A mãe era esteticista e trabalhava com alongamento de cílios. Já o pai era garçom. Segundo relatos de um amigo do casal ao portal g1, eles se conheceram em 2019 em um mercado atacadista, no qual trabalharam por quase sete anos. 

Além dos 3 mortos, duas pessoas estavam no apartamento, mas foram resgatadas com vida. Uma delas era a mãe de Graciane. Segundo o síndico do prédio, Anderson Oliveira, acredita-se que o segundo era um profissional de impermeabilização de sofá, que entrou condomínio dizendo que ia ao apartamento da família.

O apartamento


O capitão Fábio José Rodrigues, do Corpo de Bombeiros de Goiás, atuou no local do incêndio e disse que "o óbito foi em decorrência do desespero deles, que acabaram pulando do sétimo andar."

Segundo relato de vizinhos, o prédio começou a tremer por volta das 10h30. À TV Anhanguera, Felipe Ferreira, que mora no bloco ao lado, afirmou que, ao descer para o pátio do condomínio, viu quando o casal pulou da janela com o bebê.

"A gente se deparou com um casal com uma criança na janela do sétimo andar. Começamos a gritar para eles não pularem, mas as chamas começaram a tomar conta deles na hora. Acabou que eles se jogaram, vindo a falecer na hora", disse.

Outra testemunha disse à TV Anhanguera que estava passando perto do prédio quando ouviu um barulho. "Eu ouvi um estrondo muito forte, pareceu que era uma batida de carro, um contêiner caindo", relatou.

"As pessoas começaram a gritar, as pessoas que moram aqui no condomínio. Eu vim para cá correndo, com o objetivo de ajudar alguém, de dar algum apoio, aí comecei a ver as chamas se alastrando de forma muito rápida, com muita violência", completou.

O bloco E do edifício foi evacuado após o incêndio, segundo os Bombeiros. Não há previsão para retorno dos moradores até que a possibilidade de risco estrutural seja investigada. Os moradores estão, em maioria, abrigados na casa de parentes. 

A Secretaria Municipal de Assistência Social de Valparaíso de Goiás informou, em nota, que “o Bloco E do edifício passará por vistoria com o objetivo de garantir a segurança dos residentes.” A nota também mencionou que “peritos trabalharão nos próximos dias para determinar se a estrutura do local foi comprometida pelo fogo.”

Além disso, o município informou que equipes do Serviço Social e da Psicologia “estão de prontidão para assegurar a dignidade e a reconstrução da autonomia familiar e pessoal de cada indivíduo que passou pelo trauma do incêndio.”

A causa do incêndio ainda não está clara e só será informada pelos Bombeiros após perícia. 

"Qualquer informação sobre as origens dos incêndios antes da conclusão desse processo é considerada especulação prematura e imprecisa", disse o Corpo de Bombeiros.

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