Itamaraty recomenda que brasileiros saiam do Líbano após ataque israelense

Essa recomendação não constitui uma evacuação organizada pelo governo brasileiro

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Foto: Agência Brasil
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Diante do aumento da tensão e do risco de um conflito generalizado no Líbano, o Itamaraty recomendou que os brasileiros no país deixem-no temporariamente. Mais de 20 mil brasileiros vivem no Líbano , que está sendo afetado por uma troca de disparos de mísseis entre Israel e o Hezbollah, uma milícia apoiada pelo Irã. A informação é da coluna do Jamil Chade, do UOL.

Essa recomendação não constitui uma evacuação organizada pelo governo brasileiro. Segundo informações obtidas pelo UOL, ainda não há uma definição sobre como seria uma eventual operação de resgate, embora o governo esteja discutindo o assunto internamente. No momento, a orientação é para que cada brasileiro deixe o Líbano por conta própria e que essa ausência seja considerada até que a situação se estabilize.

No fim de semana, o governo de Benjamin Netanyahu lançou ataques a bases do Hezbollah no território libanês, alegando a necessidade de evitar uma ofensiva iminente pelo grupo. Em resposta, o Hezbollah afirmou ter disparado mais de 320 foguetes e drones contra bases militares israelenses, embora o impacto tenha sido mínimo, gerando críticas e constrangimento entre grupos árabes e analistas.

Na ONU e entre vários governos internacionais, há preocupações de que a crise no Oriente Médio possa se intensificar, provocando mais desestabilização no Líbano. Apesar de não haver interesse explícito em um confronto maior por parte de Israel ou do Hezbollah, existe o risco de que a crise saia do controle.

A Embaixada do Brasil no Líbano divulgou um comunicado afirmando que está "atenta ao aumento das hostilidades em regiões do país e empenhada em prestar as orientações devidas à comunidade". Entre as recomendações estão:

  • Não viajar ao país.
  • Saída do Líbano: A embaixada recomenda que brasileiros residentes ou de passagem deixem o país por meios próprios até que a situação se normalize.
  • Evitar áreas de risco: Para aqueles que optarem por permanecer, a recomendação é evitar o sul do país, zonas de fronteira e outras áreas de risco.
  • Seguir indicações locais: Adotar as orientações de segurança das autoridades locais, especialmente em áreas de risco.
  • Precauções adicionais: Reforçar medidas de precaução, evitando aglomerações e protestos.
  • Documentação: Verificar a validade do passaporte (deve ter pelo menos seis meses) e ter documentos de nacionalidade brasileira ou libanesa.
  • Atualização de dados: Manter os dados cadastrais atualizados junto ao Setor Consular em Beirute.

Nos últimos dias, vários governos têm alertado seus cidadãos no Líbano e em Israel para que deixem a região. Fontes diplomáticas confirmaram que, durante um encontro com adidos militares de Tel Aviv, representantes de Israel sugeriram que embaixadas estrangeiras adotassem medidas para proteger seus cidadãos diante da possibilidade de um confronto que possa afetar as cidades israelenses.

Atualmente, o Brasil enfrenta uma crise diplomática com Israel e não possui um embaixador em Tel Aviv, embora a representação continue operando com diplomatas de níveis hierárquicos inferiores.

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