Responsável por avião que caiu, Voepass já foi Passaredo e tem passado conturbado

A empresa nasceu durante plano Real, quebrou as pernas pelo dólar e anos depois passou por recuperação judicial; conheça Voepass

A aeronave tinha 14 anos de fabricação, a empresa, 29 anos de funcionamento
Foto: Divulgação/Voepass
A aeronave tinha 14 anos de fabricação, a empresa, 29 anos de funcionamento

Voepass Linhas Aéreas, companhia que operava o avião que caiu em Vinhedo, interior de São Paulo, nesta sexta, 9, é considerada a operação aérea mais antiga do Brasil.

Fundada em 1995 (29 anos), a empresa nasceu em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. E especialista em voo domésticos e fechou recentemente um acordo com a companhia aérea LATAM para divisão de voos.

A empresa passou por dificuldades econômicas, precisou mudar de nome (antes, era Passaredo) e chegou a pedir recuperação judicial e precisou ficar alguns anos sem operar.

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Voepass e Passaredo

A implementação do Plano Real permitiu a Voepass prosperar. Com dois Airbus A310, começou a fazer parcerias com operadoras turísticas e fretar voos no Centro-Oeste, Nordeste e Caribe.

Porém, a rápida desvalorização da moeda frente ao dólar trouxe desafios rapidamente. Em 2002, por dificuldades econômicas, a empresa precisou suspender as atividades. Voltaram apenas em 2004 de forma independente da Viação Passaredo. As informações são do site Aeroin, especialista na área.

A variação do dólar em 2008 permitiu novo crescimento a empresa, que chegou a contar com 17 jatos Embraer. Mas não foi suficiente para segurar as pontas: em outubro de 2012, precisou pedir recuperação judicial e renegociar dívidas.

Em 2017, a Passaredo conseguiu recuperar-se financeiramente. Na sequência, em 2019, formou-se controle societário com a MAP Linhas Aéreas, e nascia oficialmente a Voepass Linhas Aéreas, nome usado até hoje.


Voepass hoje

Hoje, a Voepass é considerada a companhia aérea mais antiga ainda em operação do Brasil. Ela é a quarta maior empresa do ramo no Brasil e contribui em 0,5% do mercado doméstico.

A empresa tem em sua frota 15 aeronaves ATR (72-500, 72-600 e 42-500. O modelo que caiu era um dos 72-500).

Tem, também, parceria de voos com a Latam e atende, ao todo, 37 destinos nas cinco regiões do Brasil e, só em 2023, transportou meio milhão de passageiros.

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