Mulher que acusa empresário de assédio diz ter sofrido taquicardia: 'Senti que desmaiaria'

Maria Palmira denunciou o empresário Emanoel Gurgel por assédio

Maria Palmira denunciou o empresário Emanoel Gurgel por assédio
Foto: Reprodução
Maria Palmira denunciou o empresário Emanoel Gurgel por assédio

Uma mulher denunciou o empresário Emanoel Gurgel por assédio dentro de um elevador em um prédio residencial de Fortaleza. Segundo a vítima, Maria Palmira, ela sofreu taquicardia e achou que ia desmaiar após o incidente. O caso foi registrado na Delegacia de Defesa da Mulher.

"Ele veio para perto de mim, pegou no meu braço, pegou na minha mão, olhou assim. Ele já soltou minha mão e segurou o meu peito, aí eu: 'Epa, aqui não!' Eu tive um ataque cardíaco, eu pensei que eu ia desmaiar, minhas pernas tremiam e ele tentou desconversar", lembra a vítima, ao portal "g1".

As câmeras de segurança do local registraram o incidente. Maria entrou no elevador primeiro e, logo depois, Gurgel entrou. Após uma breve conversa, o empresário pegou na mão de Maria e, em seguida, apalpou os seios dela, conforme o relato. 

"Quando o elevador chegou no térreo, ele segurou o meu braço e disse, você não vem comigo? Aí eu saí correndo. E uns cinco metros em frente à garagem do apartamento que eu estava tem um hidrante e eu desabei num choro, me sentindo horrível", diz Maria.

A assessoria jurídica e de comunicação de Emanoel Gurgel afirmou, em nota, que o empresário "tentou apenas alertar a senhora sobre os riscos do tabagismo, citando que seu pai faleceu por causa disso. Não houve qualquer postura indevida".

A nota também destacou que Emanoel é casado, pai de sete filhos, e está cooperando com as autoridades para esclarecer os fatos. (Veja a nota na íntegra abaixo)

Emanoel Gurgel é natural de Jaguaribe, no interior do Ceará, e se destacou como empresário de bandas de forró, como o grupo Mastruz com Leite. Ele também foi presidente do Ceará Sporting Club e atualmente possui negócios na área de radiodifusão.

A Secretaria de Segurança Pública do Ceará informou que Maria Palmira procurou a Delegacia de Defesa da Mulher e que a Polícia Civil está ouvindo testemunhas. O advogado de Maria, Nasareno Saraiva, afirmou que pediu a prisão preventiva de Gurgel.

Segundo Nasareno, Maria estava descendo para fumar quando encontrou Gurgel no elevador. Ela contou que ele começou a tocá-la no braço, mesmo sem conhecê-la.

"Assim que ele pegou no braço dela, ela ficou logo assustada. Depois, ele pega na mão e fica perguntando quem era a manicure dela. Ela fica envergonhada, diz que não tem manicure. É uma senhora, uma vó. E ele começa a alisar o peito dela", detalha o advogado.

Conforme Nasareno, após saírem do elevador, Gurgel foi para a garagem do edifício, enquanto Maria ficou parada, chorando por cerca de cinco minutos. Depois, ela perguntou ao porteiro quem ele era. No mesmo dia, procurou a delegacia e registrou o boletim de ocorrência.

Maria Palmira, natural do Ceará, morava em Cuiabá, Mato Grosso, há décadas. Ela é enfermeira aposentada e voltou para Fortaleza em junho. Na época do incidente, estava no apartamento da irmã de 74 anos.

Após a denúncia, Maria deixou o edifício e está recebendo assistência psicológica da equipe da Delegacia de Defesa da Mulher.

Nota da assessoria de comunicação de Emanoel Gurgel

Em resposta à acusação, Emanoel Gurgel afirma que recebeu com surpresa a notícia. Ele esclarece que tentou apenas alertar a senhora sobre os riscos do tabagismo, citando que seu próprio pai faleceu devido a isso. Não houve qualquer tipo de postura indevida. Emanoel tem 71 anos, é pai de 7 filhos e é casado há 25 anos. Ele é ex-empresário de grupos musicais e, hoje, atua com radiodifusão. Emanoel Gurgel reafirma seu compromisso com o respeito e a dignidade de todas as pessoas, e está cooperando integralmente com as autoridades para esclarecer os fatos. Ele afirma que é inocente e que a verdade prevalecerá. E agradece o apoio de todos durante este momento. Os advogados de Emanoel esclarecem ainda que o inquérito corre em segredo de justiça e que seu cliente ainda não foi notificado da suposta acusação.

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