Golpe do advogado: bandidos se passam por escritórios para pedir Pix; veja como evitar

OAB informou que esse tipo de caso tem sido cada vez mais comum; saiba como se proteger

Criminosos se passam por advogados para dar golpes
Foto: Reprodução
Criminosos se passam por advogados para dar golpes

Em novo golpe, criminosos tentam se passar por advogados para cobrar despesas de processos, fazendo com que a vítima se confunda e acabe transferindo a quantia aos golpistas. Nas redes sociais, o ator Cassio Scapin, que interpretou o Nino no programa "Castelo Rá-Tim-Bum", relatou ter sido vítima do golpe pelo WhatsApp.

De acordo com ele, os criminosos fingiram ser advogado dele, afirmaram que ele havia vencido um processo na Justiça e teria direito a receber R$ 180 mil. Para receber o valor, porém, o ator teria que transferir uma quantia, via Pix, para cobrir as despesas advocatícias e documentação.

Scapin afirmou, no entanto, que não caiu no golpe, porque ligou para o número do golpista e percebeu que não era a voz do real advogado dele. Ele decidiu, então, publicar um vídeo nas redes alertando os seguidores.

Veja:

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) tem divulgado orientações para prevenir que as pessoas caiam nesse tipo de golpe, que tem se tornado cada vez mais comum, e tenham seus nomes usados de forma indevida.

A principal recomendação da OAB é não realizar nenhuma transferência sem antes falar diretamente com o escritório do qual a pessoa é cliente.

Como funciona o golpe

1 /4 Os golpistas entram em contato com a vítima pelo WhatsApp usando nomes reais de advogados ou escritórios, muitas vezes até com a mesma foto de perfil, mas com um número diferente. Grant Davies / Unsplash
2 /4 No contato, os criminosos afirmam que a vítima ganhou um processo, que pode ser baseado em uma ação verdadeira, o que confunde mais ainda o alvo. Scott Graham / Unsplash
3 /4 No entanto, eles dizem que, para que a quantia seja liberado, a vítima deve fazer uma transferência via Pix para uma conta que o golpista passar, alegando que são os custos do escritório com o processo. Marcello Casal JrAgência Brasil
4 /4 Segundo a OAB, os golpistas conseguem obter esses dados com consulta pública, por isso conseguem até mesmo usar os nomes e fotos de advogados ou escritórios verdadeiros, fazendo com que a vítima se confunda. Em um dos vídeos publicados pelo ator, ele disse que o criminoso chegou a enviar até mesmo foto de um suposto processo 'com papel timbrado e o logo da prefeitura'. Christian Wiediger / Unsplash

Como se prevenir

- A OAB recomenda que, ao receber esse tipo de mensagem, a pessoa entre em contato com o escritório pelo número que já esteja habituada a ligar;

- Não ligar para o número que enviou a mensagem suspeita ou clicar em qualquer tipo de link enviado por esse perfil;

- Segundo a OAB, nesse tipo de ação, é muito comum que haja erros de português nas mensagens e nos documentos falsificados. Mas é preciso ficar atento, já que, no caso de Scapin, ele disse que o criminoso usou até mesmo termos jurídicos para falar com ele em ligação;

- A cobrança de custos pelo WhatsApp não é um procedimento comum adotado nesse tipo de caso. Geralmente, isso é realizado pelos canais oficiais dos escritórios;

- Mesmo assim, caso a pessoa já tenha caído no golpe, é necessário realizar um boletim de ocorrência e, para comprovar a ação dos bandidos, é importante registrar prints das mensagens e salvar o número para o qual a transferência foi feita.

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