A greve dos motoristas de ônibus da capital paulista foi confirmada para esta quarta-feira (3). A Justiça de São Paulo , no entanto, determinou que a paralisação não deve afetar os horários de pico. Segundo o despacho assinado pelo juiz Davi Furtado Meirelles , do TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região), a frota terá que operar normalmente das 6h às 9h e das 16h às 18h.
A decisão atende parcialmente um pedido da Prefeitura de São Paulo e da SPTrans, que reivindicaram o funcionamento de 100% da frota no horário de pico, além de 80% nos demais horários do dia.
A determinação acontece também acontece após uma audiência de conciliação entre trabalhadores e empresas terminar sem acordo na manhã desta terça. Caso a exigência do juiz do TRT-2 não seja cumprida, o SindMotoristas, que representa a categoria, pode pagar uma multa de até R$ 100 mil.
Até o momento, o sindicato não se manifestou sobre a decisão de Meirelles. A greve dos motoristas de ônibus de São Paulo foi aprovada na noite da última sexta-feira (28).
Cobranças
A principal reivindicação da categoria é uma redução da jornada de trabalho para 6,5 horas trabalhadas com mais 30 minutos remunerados. "Este é o carro-chefe das demandas da categoria", disse a assessoria do SindMotoristas.
Na lista de demandas, também estão um reajuste salarial de 3,69% pelo IPCA-IBGE mais 5% de aumento real, cesta básica de qualidade; correção do Programa de Participação nos Resultados (PPR) de R$ 1.200 para R$ 2.000; e melhorias no vale-refeição, no seguro de vida, nos convênios médico e odontológico e revisão dos valores do auxílio-funeral.
No início de junho, o setor já havia anunciado uma grave, mas desistiu após entrar em um acordo com o sindicato da categoria patronal, o SPurbanuss, em audiência de conciliação na Justiça do Trabalho.
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