MP denuncia homem que deu "voadora" em idoso por homicídio qualificado

MP acusa Tiago Gomes de Souza de homicídio qualificado

Motorista Tiago Gomes Souza matou o tipógrafo Cesar Fine Torresi com uma voadora no peito.
Foto: Reprodução/Arquivo pessoal
Motorista Tiago Gomes Souza matou o tipógrafo Cesar Fine Torresi com uma voadora no peito.

Tiago Gomes de Souza, motorista envolvido na agressão com uma  "voadora" ao idoso César Torresi, de 77 anos, em Santos (SP), foi formalmente acusado de homicídio qualificado pelo Ministério Público. A denúncia foi recebida pela Justiça de São Paulo nesta segunda-feira (17), sob responsabilidade do juiz Alexandre Betini, do Foro de Santos.

O MP argumenta que Tiago cometeu o crime por motivo fútil e impediu que César Torresi se defendesse. A defesa de Tiago tem agora 10 dias para responder à acusação. Segundo o Código Penal, a pena para homicídio qualificado varia de 12 a 30 anos.

Além da denúncia, a Justiça solicitou acesso às imagens das câmeras de segurança do local do crime. Até o momento, a Polícia Civil baseou suas investigações nas versões das testemunhas e em uma reconstituição, na qual Tiago participou.

Em resposta à denúncia, a defesa de Tiago contestou as qualificadoras apresentadas. Segundo Eugênio Malavasi, advogado do acusado, as alegações são inconsistentes com a intenção deliberada de cometer o crime.

“As qualificadoras descritas na denúncia são incompatíveis com o dolo eventual e, na essência, corroboram com o dolo (intenção) direito de ferir e não matar, portanto, o enquadramento é, sem dúvida, de lesão corporal seguida de morte”, disse Eugênio Malavasi, advogado de Tiago, em nota enviada ao UOL.

Relembre o incidente

César Torresi faleceu após ser agredido com uma "voadora" no peito enquanto atravessava a rua em Santos (SP). Ele estava acompanhado do neto de 11 anos quando um carro quase o atropelou, conforme testemunhas relataram.

Após o idoso bater no capô do veículo, ocorreu um desentendimento que culminou na agressão física por parte de Tiago, de 39 anos. César caiu, bateu a cabeça e recebeu os primeiros socorros de um médico que passava pelo local, sendo posteriormente levado à UPA Leste, onde faleceu.

A reconstituição do crime ocorreu para esclarecer as diferentes versões sobre o incidente, já que não havia imagens diretas do momento da agressão.

“Meu pai se assustou com o carro do agressor, um Jeep Commander, que quase o atropelou. Ele bateu com a mão no capô e o agressor desceu e golpeou meu pai com uma voadora", disse Cesar Fine Torresi Filho, ao UOL

Quer ficar por dentro das principais notícias do dia? Clique aqui e faça parte do nosso canal no WhatsApp