O número de mortes por leptospirose no Rio Grande do Sul subiu para cinco, segundo boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do estado divulgado nesta segunda-feira (27). Os casos estão diretamente ligados às enchentes que afetam diversas cidades gaúchas. Além disso, o governo está investigando mais nove óbitos para confirmar se também foram causados pela doença.
As vítimas são dois homens, de 56 e 50 anos, residentes de Cachoeirinha e Porto Alegre, respectivamente. Outros dois são das cidades de Venâncio Aires e Travesseiro, enquanto o último era morador de Viamão.
Até o momento, foram notificados 1.588 casos de leptospirose no estado. Desses, 124 foram confirmados, 542 descartados e 922 ainda estão em processo de investigação.
A doença
A leptospirose é causada pela bactéria Leptospira, transmitida principalmente através da pele, especialmente quando esta apresenta lesões abertas, após exposição direta ou indireta à urina de ratos ou outros animais contaminados.
Em áreas atingidas por enchentes, a urina pode se misturar à água, aumentando o risco de contaminação humana. A doença é caracterizada por febre alta e pode ter um risco de letalidade de até 40% nos casos mais graves, de acordo com o Ministério da Saúde.
Além da febre, os sintomas iniciais incluem dor de cabeça, dor muscular, falta de apetite, náuseas e vômitos. Nos casos mais graves, pode ocorrer a síndrome de Weil, síndrome de hemorragia pulmonar, comprometimento pulmonar, entre outros.
Para prevenir, é fundamental e inclui evitar o contato com água ou lama de enchentes. Caso seja inevitável, é recomendado o uso de equipamentos de proteção, como botas e luvas de borracha. Após o período de enchentes, é importante retirar a lama com cautela, utilizando luvas e botas de proteção, e desinfetar o local corretamente conforme orientação do Ministério da Saúde.
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