O Rio Grande do Sul começa a semana com alerta de chuvas, aumento do nível dos rios e queda de temperatura. A partir desta segunda (13), Porto Alegre pode registrar um novo recorde para o Guaíba, que deve atingir 5,5 metros nas próximas 48 horas. O rio pode ultrapassar o pico de 5,3 metros registrado no último dia 5.
No domingo (12), o Guaíba oscilou entre 4,62 m e 4,65 m, após ter uma baixa significativa durante semana passada. Nesta segunda-feira, o nível se encontra em 4,84 metros.
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres (Cemaden) emitiu um novo alerta de riscos hidrológicos e geológicos muito altos no domingo. O rio Taquari ultrapassou os 26 metros ontem à noite em Lajeado, e o Caí, que já está em cota de inundação, apresentará uma significativa subida de nível, podendo gerar inundações severas, segundo a Defesa Civil do estado.
A capital gaúcha foi bastante inundada por conta da cheia do rio Guaíba. O aeroporto e a rodoviária seguem sem funcionamento por conta das enchentes. Casas e comércios também continuam alagados.
De acordo com uma projeção do Índice de Pesquisas Hospitalares (IPH), o Guaíba deve levar ao menos 30 dias para ficar abaixo dos 3 metros. Na enchente histórica de 1941, quando o rio atingiu 4,76 m, foram 32 dias para o rio voltar às condições normais.
Previsão do tempo
A previsão do tempo aponta que a chuva deve diminuir a intensidade nesta segunda-feira. Contudo, o problema que o estado enfrenta agora também é o frio.
Devido a uma massa de ar frio que entra no Rio Grande do Sul nesta semana, há chance de geada no extremo sul do estado.
O governador Eduardo Leite (PSDB) manifestou preocupação nas redes sociais, falando sobre a iminência de novas enchentes e deslizamentos na Região da Serra e dos Vales.
"Não é hora de voltar para casa, de estar em área de risco. As áreas de encostas de morro precisam ser evitadas porque o solo está encharcado. Os riscos de deslizamentos são reais", disse o governador.
Rio Grande do Sul
Os temporais que atingem o estado do Rio Grande do Sul desde segunda-feira (29) causaram 147 mortes e mais de 538 mil pessoas desalojadas, segundo o boletim da Defesa Civil divulgado na manhã desta segunda-feira.
O número de feridos permaneceu em 806, e o de desaparecidos diminuiu para 127. Ainda, a Defesa Civil do estado informa que 76.470 pessoas e 10.814 animais foram resgatados.
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