Disputa por R$ 66 milhões trava exumação de empresário morto há 2 anos

Morte de José Matheus da Silva Gomes ainda não foi solucionada

Disputa por seguro milionário trava exumação de empresário José Matheus da Silva Gomes há 2 anos
Foto: Reprodução
Disputa por seguro milionário trava exumação de empresário José Matheus da Silva Gomes há 2 anos

O empresário José Matheus Silva Gomes pagava R$ 80 mil por mês em seguros de vida. Quando foi morto a tiros em julho de 2021, aos 32 anos, havia deixado uma apólice de R$ 66 milhões em nome de sua ex-esposa, Nayá de Arruda.

Desde a morte de Gomes, que ainda não foi solucionada, esposa e empresa seguradora travaram uma disputa judicial pela quantia - o que tem adiado o pedido de exumação do corpo do empresário, feito pela família 1 ano após a morte.

Em busca de respostas, os familiares do empresário tentam levar seu corpo para exumação em um cemitério em Alphaville, próximo de onde vivem - mas sem sucesso, assim como a liberação da apólice milionária.

A seguradora não autoriza o transporte do corpo para o cemitério, levantando suspeitas sobre possíveis fraudes e insistindo na realização de uma perícia. A empresa questiona até a identidade do cadáver, e levanta dúvidas sobre se realmente pertence ao empresário. Além disso, outras duas seguradoras moveram ações judiciais contra Nayá de Arruda.

A morte de José Matheus continua um mistério mesmo após três anos. Seus últimos registros com vida são deixando a garagem de carro. Ele foi encontrado morto, baleado, dentro do veículo a 1 km de sua casa, com a carteira e o telefone, sem sinais de roubo.

Os investigadores encontraram uma arma dentro do carro, o que levantou a hipótese de suicídio - descartada assim que o laudo atestou que não haviam resíduos de pólvora nas mãos da vítima.  A Polícia Civil, então, passou a investigar o caso como homicídio, mas o autor do crime nunca foi identificado.

Enquanto isso, a seguradora levantou diversas suspeitas em torno da morte, ao mesmo tempo em que adiava o pagamento dos R$ 66 milhões à esposa do empresário. Essa disputa judicial prolongou o processo de exumação do corpo de José Matheus, que havia sido sepultado em 6 de julho de 2021, em uma gaveta no cemitério de Carapicuíba, na Grande São Paulo.

O que diz a defesa do empresário

Em nota, a defesa de José Matheus afirmou que a Prudential "reporta suas suspeitas de forma seletiva, inverídica e ardilosa".

"A Seguradora afoita em criar e fantasiar situações e cenários inexistentes, tais como Jose Matheus sequer estar morto, ou , sobre o corpo sepultado nao ser dele, se olvida que seus Representantes estiveram no enterro de José Matheus, apagando de sua seletiva memória que as depesas e custas referentes ao enterro e sepultamento foram cobertas pela própria seguradora. O massacre que a seguradora vem realizado em torno da honra de José Matheus e seus familiares é repugnante, e apenas, demonstra em cenário nacional, a forma que trata os seus segurados. A seguradora cria um precedente enorme de insegurança em seus produtos", diz a nota assinada pelo advogado Raphael Blaselbauer.

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