O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) deflagrou, nesta quinta-feira (25) a Operação Naufrágio, que mira os milicianos que atuam na comunidade Bateau Mouche, na Praça Seca, Zona Oeste do Rio.
Até o momento, 5 pessoas foram presas:
- Cláudio rodrigo monteiro, conhecido como “Ceta” Ou “Seita”
- Luiz Carlos Pereira De Melo, conhecido como “russo” ou “Xuxa”
- Douglas Henrique do Nascimento Alves, conhecido como “Dg”
- Marcus Dos Santos De Moraes, conhecido como “Semente”
- Sargento da PM Djarde De Oliveira Da Conceição, conhecido como “Negão 18”
Nesta quinta, os agentes doGrupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) saíram para cumprir 12 mandados de prisão e 8 de busca e apreensão, emitidos pela 1ª Vara Especializada em Organização Criminosa.
Dois policiais militares e 1 oficial de cartório da Polícia Civil estão entre os investigados e denunciados pelo MP, suspeitos de fornecerem material bélico desviados de apreensões e até uniformes aos criminosos.
Ao todo, 16 pessoas foram denunciadas pelos crimes de associação criminosa, extorsão a comerciantes, empreendedores, vendedores ambulantes e mototaxistas, bem como corrupção ativa.
'Extensa rede criminosa'
Segundo o Gaeco, a milícia pagava propina aos PMs em troca de informações “privilegiadas”. Já o policial civil era pago periodicamente para não 'incomodar' o grupo com investigações e operações.
“A partir dos dados levantados pelo Gaeco, verificou-se uma extensa rede criminosa, com diversos áudios determinando aos associados e subordinados cobranças de taxas, compra de material bélico e pagamento de propina a policiais”, afirma o MPRJ.
Policial falso
Um dos denunciados é um homem que fingia ser policial civil e, de acordo com as investigações do Gaeco, “permanecia no interior de delegacias, utilizando arma, uniforme e distintivo, e participava de operações em viatura oficial”.
Segundo o MPRJ, o falso agente “tem contatos com diversas unidades policiais e com a Corregedoria da corporação”. Além disso, ele já tinha passagem pela polícia pelo envolvimento em um homicídio em 2017, em São Gonçalo.
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